Presos 17 suspeitos de desviar R$ 6 milhões de fintech de Florianópolis

A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (10) a segunda fase da operação Ghosthunters, com o objetivo de desarticular um esquema criminoso responsável por uma fraude de aproximadamente R$ 6 milhões contra uma fintech sediada em Florianópolis.  Dos 23 mandados de prisão temporária, pelo menos 17 foram cumpridos em 15 cidades de oito estados.

• Clique aqui e faça parte do grupo de WhatsApp do Guararema News

A fraude ocorreu em 15 de julho de 2024. Na ocasião, os criminosos acessaram indevidamente o sistema de TI da fintech e realizaram 300 transações fraudulentas. Na primeira fase da operação, a polícia conseguiu identificar e prender preventivamente o hacker responsável pelo acesso ao sistema.

As investigações iniciais bloquearam aproximadamente US$ 40.000,00 (dólares) em criptoativos pertencentes ao autor e apreenderam um veículo avaliado em cerca de R$ 120.000,00. Além disso, bloquearam judicialmente R$ 4,5 milhões. Logo após a detecção da fraude, a polícia recuperou aproximadamente R$ 1,5 milhão por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED) e outros procedimentos similares.

A segunda fase da operação “Ghosthunters” teve como objetivo a identificação e responsabilização de outros possíveis coautores e dos chamados “conteiros”. Estão são os indivíduos que viabilizaram o recebimento dos valores desviados em suas respectivas contas bancárias. Dessa forma, ocultam a origem ilícita dos valores provenientes da fraude.

Nesta quinta, os policias cumpriram os mandados nas cidades de Rio Preto da Eva (AM), Salvador (BA), Caucaia (CE), Caruaru (PE), Belo Horizonte, Betim (MG), São Francisco do Sul (SC), Colorado, Ponta Grossa, Santa Helena (PR) São Bernardo do Campo, Bauru, Cubatão, Itu e Valparaíso (SP). Dessa forma, além das ordens de prisão, a ação também cumpriu quatro mandados de busca.

Ghosthunters: operação contra suspeitos de desviar milhões de fintech

“Ghosthunters” em inglês significa “caçadores de fantasmas”. No contexto policial, o termo faz referência à atuação das Polícias Civis na identificação e prisão de criminosos que praticam fraudes virtuais, por meio de identidades ocultas, e realizam transações financeiras digitais (como criptoativos), ou à própria natureza invisível dos crimes cibernéticos.

Na ação, a polícia investiga os crimes de de furto mediante fraude praticado por meio eletrônico/informático, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas podem atingir até 21 anos de prisão e multa.