
A Polícia Federal cumpriu mandados de Busca e Apreensão em endereços ligados a dois médicos que moram em Santa Catarina. Eles são suspeitos de fraudarem escalas de serviço no hospital onde deveriam trabalhar, no estado do Amapá.
De acordo com as investigações, os dois estão escalados para trabalhar e recebem salários do Hospital de Emergência Oswaldo Cruz, o maior pronto-socorro da rede pública daquele estado. No entanto, não compareciam aos plantões e realizavam diversas atividades, como viagens, ao invés de estarem na unidade de saúde.
Ao todo, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos na terça-feira (15), sendo dois em Santa Catarina: em São José, na Grande Florianópolis, e Concórdia, no Oeste catarinense.
Os nomes dos médicos não foram revelados pela investigação. No entanto, um deles, segundo a PF, esteve somente uma vez, em 2022, em Macapá, cidade sede do hospital, que fica a pouco mais de 4 mil quilômetros de florianópolis. Mesmo assim, o nome dele constava em diversas escalas de plantão nos últimos três anos.
A operação, batizada de Sinecura, apura o dano ao patrimônio público em crimes como peculato, falsidade ideológica e associação criminosa. Durante as diligências, os agentes encontraram R$ 138 mil em dinheiro. Além de Santa Catarina, houve mandados em Macapá e nas cidades paraenses de Belém e Ananindeua.
A Secretaria de Saúde do Amapá se manifestou por nota informando que todos os servidores apontados na investigação serão afastados de forma administrativa. Disse ainda que elabora um sistema de escala por aplicativo, visando reduzir indícios de fraude.