A Polícia Civil deflagrou uma operação nesta terça-feira (24) para desarticular uma quadrilha que cometeu fraudes contras uma cooperativa de crédito. O que chama a atenção é que os suspeitos fazem parte de uma mesma família. O líder, inclusive, já foi apontado como o maior hacker do Sul do Brasil e um dos maiores do país.
A investigação é da Delegacia de Combate a Estelionatos (DCE) do Departamento de Investigações Criminais de Blumenau. Conforme apurado, a família utilizava-se dos dados de uma pessoa jurídica, com sede na cidade de Ascurra, no Médio Vale do Itajaí, para cometer as fraudes. O prejuízo passa de R$ 90 mil por meio de empréstimos não autorizados, sem contar as tentativas realizadas sem sucesso.
Entenda o esquema fraudulento da família
O golpe em questão, denominado phishing scam, utiliza de engenharia social para enganar usuários de internet, por meio de websites, e-mails falsos, SMS e outros meios de comunicação. Tudo isso para obter informações confidenciais de usuários, como credenciais de acesso a aplicativos bancários, detalhes de cartão de crédito, entre outros.
Após a obtenção destes dados, os golpistas realizam operações financeiras como se fossem os próprios clientes lesados. Neste caso, a chamada Operação Phishing Family já identificou ao menos três clientes que foram vítimas da quadrilha.
Detalhes da Operação Phishing Family
Com a identificação dos suspeitos, a polícia representou por mandados de busca e apreensão domiciliar e de sequestro de bens. As ordens judiciais foram cumpridas nesta terça nas cidades de Blumenau, Ascurra, Indaial, Balneário Camboriú e Lages.
Foram apreendidos dispositivos eletrônicos, veículo, documentos e objetos necessários à continuidade da investigação. “A investigação prossegue no intuito de comprovar materialmente os crimes imputados, bem como identificar o maior número de pessoas envolvidas no esquema”, declarou a polícia.
Líder da família é um velho conhecido da polícia
O principal articulador do grupo, um homem de 51 anos, é um velho conhecido da polícia, pois ostenta diversas passagens e condenações por crimes cometidos por meio da internet. Por exemplo: em 2017, ele foi preso pela Polícia Federal na cidade de Balneário Camboriú.
Naquela oportunidade, fora apontado como sendo o maior hacker do Sul do Brasil. Assim como também um dos principais fraudadores de sistemas bancários do país. O suspeito não teve o nome revelado pela polícia.