A advogada catarinense Karize Ana Fagundes Lemos, de 33 anos, que estava desaparecida desde o final de setembro, foi encontrada morta no interior do Paraná. De acordo com a Polícia Civil daquele estado, o avançado estado de decomposição do corpo da advogada sugere que ela tenha sido morta há bastante tempo, pelo menos no início de outubro.
O corpo foi encontrado numa região de mata na cidade de Palmas, que fica a cerca de 370 quilômetros de Curitiba. O marido da advogada, Eloi Antunes, de 24 anos, que está preso desde o dia 30 de setembro, é o principal suspeito do crime.
Os dois estavam juntos há pouco mais de um ano e residiam na cidade de Caçador, no Meio-Oeste catarinense, onde Karize mantinha seu escritório de advocacia.
Ele foi encontrado num motel, em Guaíra, no Paraná. No carro do suspeito, foram encontrados livros sobre homicídios, sugerindo que ele se inspirou em casos como o de Elize Matsunaga para matar a mulher.
De acordo com as investigações, Eloi teria feito uma ligação para amigos admitindo o assassinato da esposa. Ele também mencionou ter matado um suposto amante de Karize, mas a existência dessa segunda vítima não foi confirmada oficialmente pela Polícia Civil.
Exumação
A Polícia Civil catarinense enviou uma equipe até Palmas para acompanhar as investigações e também o trabalho de exumação dos restos mortais, que será feito pelo Instituto Geral de Perícias do Paraná.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Secção SC acompanha as investigações desde o desaparecimento da advogada, que residia e trabalhava na cidade de Caçador, no Meio-Oeste catarinense.
“A OAB/SC seguirá acompanhando de perto o andamento das investigações e todas as etapas processuais relacionadas a esse crime. A perda da advogada Karize Lemos é uma dor para toda a advocacia catarinense, que se solidariza com familiares e amigos. Colocamo-nos mais uma vez à disposição para prestar apoio e assegurar que as medidas legais sejam aplicadas. Nenhuma mulher deve ser apenas mais uma nas tristes estatísticas. Agradeço ao trabalho da Polícia Civil, em nome do Delegado Ulisses e a todos que estiveram empenhados conosco, em um trabalho conjunto para que este triste fato não passe em vão”, destacou a presidente da OAB/SC, Cláudia Prudêncio.