Região Balneário / Itajaí

Polícia Civil prende quadrilha envolvida em rifas ilegais da internet

Mais de R$ 25 milhões de reais foram bloqueados

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Polícia Civil prende quadrilha envolvida em rifas ilegais da internet
Foto: Divulgação / Polícia Civil PR

A Polícia Civil de Santa Catarina prestou apoio nesta terça-feira (20) na operação “Fortis Fortuna Adiuvat”, realizada pela Polícia Civil do Paraná. Os alvos eram responsáveis por promover rifas ilegais em redes sociais. As operações miraram alvos nas cidades de Itapema e Balneário Camboriú, no litoral norte catarinense.

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A Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas conduziu a operação, que também contou com o apoio da Polícia Civil de Minas Gerais. As autoridades cumpriram seis mandados de busca e apreensão em Rio Branco do Sul (PR), Itapema, Balneário Camboriú e Belo Horizonte (MG).

Durante o cumprimento dos mandados de prisão, as autoridades apreenderam 13 veículos de alto padrão e três motocicletas esportivas, avaliados em aproximadamente R$ 3,5 milhões, além de diversas joias.

A Polícia conseguiu, junto à Justiça, bloquear contas bancárias para sequestrar R$ 25 milhões que os investigados teriam levantado no último ano. A Justiça também autorizou a suspensão das contas nas redes sociais e do site onde realizavam os sorteios. A quadrilha utilizava métodos de sorteios em dinheiro e, ainda assim, carros, que estão sendo investigados.

Sorteio irregular

O delegado da Polícia Civil do Paraná, Gabriel Fontana, afirmou que vários crimes estão sendo associados ao grupo. “A operação busca apurar a contravenção penal de promoção de rifas ilegais, bem como os crimes de lavagem de dinheiro, de associação criminosa e de crime contra a economia popular. Apesar de terem se tornado extremamente populares recentemente, as rifas de veículos e valores em dinheiro só podem ser realizadas se devidamente autorizadas pelo Ministério da Fazenda. Não atendidos tais critérios, são consideradas contravenção penal”, explicou o delegado.

Além disso, Fontana acrescentou que um dos investigados adquiriu o próprio imóvel, avaliado em R$ 4 milhões, com o dinheiro das rifas.

“Nesses sorteios, o comprador ganha um ‘número da sorte’ entre 01 e 9.999.999. Acontece que, nos sorteios regulares baseados na loteria federal, utilizam-se apenas 5 dezenas, em composições que variam de 1 a 100.000″, completou o delegado. Indícios apontam que tais sorteios eram fraudulentos, já que a suspeita eram os ganhadores eram do meio grupo.

De acordo com as autoridades, as investigações continuarão com o objetivo de identificar outros envolvidos no branqueamento dos recursos ilícitos.