Polícia Civil investiga facção com ligações ao jogo do bicho

A Polícia Civil de Santa Catarina investiga uma facção criminosa que atua na região de Itajaí, no litoral Norte catarinense, e está envolvida em uma disputa pelo controle de pontos de apostas do jogo do bicho. Na última sexta-feira (16), a Delegacia de Combate às Drogas do Departamento de Investigação Criminal de Itajaí coordenou a operação “Jogo Sujo”.

As autoridades cumpriram nove mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná e de Santa Catarina, abrangendo as cidades de Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Campina Grande do Sul, no Paraná, bem como em Itapoá e Joinville, no Norte catarinense.

De acordo com as autoridades, na residência do suposto chefe do esquema, em Curitiba, os policiais apreenderam um fuzil, duas carabinas, duas pistolas que estavam em situação irregular, e celulares para dar continuidade às investigações.

No armazém do grupo, na cidade de Pinhais, as autoridades localizaram e apreenderam dezenas de máquinas de apostas e registros de contabilidade, lavrando um procedimento referente ao crime de exploração de jogos de azar. Ao mesmo tempo, apreenderam uma grande quantidade de cigarros sem procedência, que foram encaminhados para a Receita Federal.

Em um bar vinculado aos investigados, também em Curitiba, a polícia apreendeu uma pistola com numeração raspada. As autoridades autuaram em flagrante o responsável pelo estabelecimento pelo crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. Além disso, Nos demais locais, os agentes apreenderam aparelhos eletrônicos para prosseguir com as investigações.

A operação contou com o apoio da Polícia Civil do Paraná e, ainda assim, de policiais das cidades de Itajaí, Itapoá e Joinville. Policiais agora, com base nos materiais apreendidos, continuam com as investigações.

Crime e associações

A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de prática, incentivo, promoção e divulgação dos chamados ‘jogos de azar’, que incluem o jogo do bicho.

O jogo do bicho está enraizado na cultura brasileira. Em grandes metrópoles como Rio de Janeiro e São Paulo, a prática criou um mercado paralelo do crime. Muitos grupos se associam para realizar apostas ou se confrontam para dominar determinado território.