A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (6), a Operação Dissimulação para combater a sonegação fiscal e a lavagem de dinheiro. Os crimes teriam sido praticados por um grupo empresarial catarinense, que teria lesado o fisco em mais de R$ 56 milhões.
Na ação de hoje, a PF realiza buscas em nove imóveis de pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema criminoso, localizados nas cidades catarinenses de Criciúma, Içara, Siderópolis, Camboriú e Balneário Camboriú.
Além das buscas, foram decretadas pela Justiça Federal medidas assecuratórias de bens, direitos e valores dos investigados e das empresas integrantes do grupo, visando assegurar a indisponibilidade dos lucros obtidos com a prática criminosa e a reparação dos danos.
Detalhes da investigação da PF
A investigação começou no final do ano de 2022, a partir de informações repassadas pela Procuradoria da Fazenda Nacional, que identificou a prática, por este grupo empresarial, de manobras ilegais para frustrar a execução de créditos tributários.
No decorrer das investigações, a PF constatou que o grupo empregou diversos subterfúgios para burlar pagamentos de débitos tributários de empresas, entre eles a transferência de bens e faturamento para empresas diversas; utilização de laranjas; sucessões simuladas entre empresas; confusão patrimonial; ocultação do sócio ou administrador principal; e compra e venda simulada de imóveis.
Os investigados responderão pela prática dos crimes de organização criminosa, fraude à execução, lavagem de dinheiro e a evasão de divisas, cujas penas somadas podem chegar a 26 anos de prisão. A PF não informou o nome dos envolvidos, nem das empresas investigadas.