PF apura contrabando de toxina botulínica com alvos em SC

A Polícia Federal (PF) deflagra, nesta quinta-feira (18) a operação Vênus, que apura o crime de contrabando de toxina botulínica de uma marca não autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Há um alvo em Florianópolis.

Segundo a PF, estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. Além da Capital catarinense, a operação também ocorre em São Paulo, Leme e Osasco, no estado de São Paulo, e na cidade de Céu Azul, no Paraná.

Quando a investigação for concluída, os responsáveis poderão responder pelo crime de contrabando. As investigações estão sendo realizadas em sigilo.

O que é toxina butolínica?

A toxina butolínica, segundo a Wikipedia, é uma neurotoxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, que em condições apropriadas à sua reprodução (10 °C, sem oxigênio e certo nível de acidez), cresce e produz sete sorotipos diferentes de toxina (A, B, C1, D, E, F e G). Dentre esses, o sorotipo A é o mais potente.

Para fins terapêuticos, é utilizada uma forma purificada, congelada a vácuo e estéril da toxina botulínica tipo A, produzida a partir da cultura da cepa Hall da bactéria Clostridium botulinum. Esta forma proporciona maior duração dos efeitos terapêuticos. Quando aplicada em pequenas doses, ela bloqueia a liberação de acetilcolina (neurotransmissor responsável por levar as mensagens elétricas do cérebro aos músculos) e, como resultado, o músculo não recebe a mensagem para contrair.

E foi a partir do uso terapêutico, que surgiu o uso cosmético. Quando o casal canadense Jean e Alastair Carruthers, oftalmologista e dermatologista respectivamente, observou a melhora das rugas em pacientes tratados para indicações terapêuticas, como blefaroespamo, iniciaram os primeiros estudos na área. Deste então, o uso cosmético da toxina botulínica tipo A evoluiu e se expandiu em todo mundo.