Região Santa Catarina

Operação DesFarsa do Gaeco investiga suposta central de fake news

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade de Garuva

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Operação DesFarsa do Gaeco investiga suposta central de fake news
Foto: Divulgação / MPRN

O Gaeco e a Polícia Militar de Santa Catarina apoiaram o Ministério Público do Rio Grande do Norte (RN) nesta quinta-feira (23) na “Operação DesFarsa”. A ação investiga a existência de uma suposta central de fake news que estaria operando com a intenção de criar, disseminar ou promover notícias falsas sobre autoridades do RN, com fins políticos e manipulação da opinião pública. 

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As investigações revelaram um suposto esquema voltado à contratação dos serviços de postagens em perfis em redes sociais voltadas a beneficiar interesses políticos. As postagens de conteúdos falsos seriam feitas em pelo menos seis perfis. Um deles possui atualmente mais de 20 mil seguidores, oferecendo conteúdo político sobre cidades do interior do Rio Grande do Norte.  

As informações seriam criadas conforme o interesse dos clientes para influenciar e formar a opinião pública, com o propósito de coagir servidores públicos em suas atribuições funcionais e enfraquecer o prestígio de instituições públicas.  

Nos chats de conversas, as declarações dos idealizadores indicam que os responsáveis pela central de fake news teriam consciência da natureza ilegal de suas ações. As condutas analisadas se enquadram nos crimes de calúnia, difamação, ameaça contra servidor público e coação no curso do processo, além da prática dos delitos de associação criminosa do tipo milícia digital, com vistas à manipulação da opinião pública. 

Desdobramentos da operação em SC

A Operação DesFarsa cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Natal, Parnamirim e Lagoa Salgada (RN), além de Garuva em Santa Catarina. Os trabalhos contaram com o apoio da Polícia Militar e do Gaeco catarinense. 

Foram decretadas medidas cautelares pessoais e relacionadas à cessação da atividade de desinformação. Os materiais apreendidos serão analisados pelo Gaeco no sentido de dar continuidade às investigações. 

Quatro promotores de Justiça, 14 servidores do Gaeco e 20 policiais militares do RN, além de cinco integrantes do Gaeco de Santa Catarina estiveram envolvidos na operação.