Uma mulher de 49 anos foi presa por crime de maus tratos contra um animal, na cidade de Timbé do Sul, a cerca de 70 quilômetros de Criciúma, no sul catarinense. A prisão atendeu a uma determinação do Ministério Público, feita depois que as investigações apuraram que a acusada matou uma gata do vizinho a machadadas, a colocou em um saco e a entregou ao dono do animal.
Testemunhas e mensagens de áudio e vídeo comprovaram a materialidade e a autoria do crime. A própria acusada, em uma mensagem de voz enviada ao dono do animal morto, ameaçou que iria matar a gata, e após cumprir a promessa afirmou ter matado o animal a machadadas. Ela também disse que este não era o primeiro bicho morto por ela e ainda ameaçou incendiar a residência do vizinho.
No dia do crime, em 20 de junho, a mulher teria matado o animal com golpes de machado – o que causou lesões pelo corpo todo do animal. Depois disso, ela colocou o corpo em um saco e foi até a casa do vizinho. Ao ser atendida, a mulher entregou ao homem o saco ensanguentado com o animal morto dentro. Conforme o relato da vítima, a acusada estava com o machado nas mãos quando foi até a residência e novamente ameaçou atear fogo no local.
A motivação do crime seria a presença do animal na casa da vizinha. Testemunhas relataram que a acusada teria adotado os filhotes da gata e o animal iria até a casa dela com frequência para se alimentar e se aproximar dos filhotes, o que passou a incomodá-la.
De acordo com informações, a mulher vinha sendo monitorada devido aos frequentes comportamentos agressivos e ameaçadores contra moradores locais. O incidente mais recente, que resultou na morte da gata, chocou a comunidade de Timbé do Sul e gerou revolta entre os ativistas dos direitos dos animais.
Diante dos fatos, a Promotora de Justiça Ana Carolina Schmitt, titular da 1ª Promotoria de Turvo, após representação no mesmo sentido feita pela Delegacia de Polícia, pediu à Justiça a decretação da prisão preventiva da investigada a fim de garantir a ordem pública.
Histórico de incêndios
Conforme as investigações da Polícia Civil, a mulher é investigada por outros crimes, por supostamente incendiar cinco veículos e três construções na cidade. A acusada teria dito, em interrogatórios à polícia, que voltaria a causar incêndios na localidade.