
Funcionários de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Chapecó, no Meio Oeste catarinense, encontraram um feto com cerca de sete meses de gestação no banheiro do prédio. O caso aconteceu no dia 13 de julho, mas só ganhou divulgação nesta quinta-feira (31), quando a Polícia Civil finalmente colheu nos depoimentos do casal que gerou a gravidez.
A Polícia não prestou informações sobre a identificação dos dois, e nem mesmo qual teria sido a unidade de saúde onde o crime aconteceu. Os funcionários contaram que o feto estava junto da placenta. Eles só desconfiaram da situação, ao perceberem uma quantidade incomum de sangue e papel higiênico no vaso sanitário, por volta das 8h, no início do expediente.
A Polícia Civil ainda aguarda pelo resultado de um laudo pericial, que está sendo preparado pelam Polícia Científica. O exame vai determinar se a mulher sofreu um aborto espontâneo ou se houve o uso de algum tipo de substância abortiva.
Em seu depoimento, a mulher declarou que não sabia da gravidez. De acordo com ela, sentia fortes dores abdominais naquela manhã e pediu ao marido que a levasse à UPA. Após passar pela triagem, foi ao banheiro e teve um sangramento intenso, que sujou a privada e as roupas.
Ela alegou que acreditava estar apenas menstruada e que não percebeu ter expelido o feto. O casal decidiu ir embora sem atendimento, devido à espera por consulta. Ainda segundo a mulher, ela não fez uso de nenhum medicamento ou substância para provocar o aborto.
No Brasil, o aborto é considerado crime, exceto em três situações: quando a gestação representa risco à vida da mãe, em casos de estupro ou quando o feto é anencéfalo.