
Nesta semana, um crime de feminicídio abalou a pequena cidade de Ipira, no Meio Oeste Catarinense, a 430 quilômetros de Florianópolis. A dona de casa Lorimar Lutkemeier, de 59 anos, foi morta pelo marido e teve seu corpo queimado e jogado num rio. O suspeito, de 39 anos, se apresentou na delegacia nesta sexta-feira (17) e apontou o local onde os restos mortais da vítima foram abandonados, o que facilitou sua localização, num rio situado na localidade de Linha São José.
De acordo com a Polícia, Lorimar, que é natural da cidade de Machadinho, no Rio Grande do Sul, assassinou seu primeiro marido, Valdenir Bortolini Zanon, há 13 anos, na cidade de Tangará, a 120 quilômetros de Ipira. O crime, ocorrido em março de 2010, foi cometido com requintes de crueldade. Convencida de que o marido estava lhe traindo, Lorimar aproveitou que ele dormia durante a madrugada e amarrou seus pés e mãos com um fio de nylon. Em seguida desferiu golpes de tesoura e marteladas no companheiro, que morreu na hora.
Um ano depois, Lorimar foi condenada a 15 anos de prisão, e chegou a cumprir parte da pena, mas ganhou liberdade após ser considerada imputável num exame de sanidade mental. Além do homicídio, Lorimar também já havia respondido na Justiça por crimes de lesão corporal, perturbação, vias de fato e ameaça. Vizinhos contaram aos policiais que Lorimar estava residindo em Ipira há apenas cinco meses e que o casal costumava brigar muito. O suspeito relatou que matou Lorimar por asfixia no pescoço e depois queimou o corpo e jogou no rio.
