
O Ministério Público de Santa Catarina abriu um processo para investigar uma denúncia de maus tratos contra uma criança autista, de apenas cinco anos, ocorrida dentro de uma escola municipal, na cidade de Barra Velha, no Litoral Norte catarinense. A mãe do menino relata que começou a perceber que a criança retornava da escola exalando um forte cheiro de álcool, e também apresentava sintomas de embriaguez.
De acordo com a família, o menino tem diagnóstico de autismo severo (nível 3). A mãe costuma buscar a criança na escola todos os dias, e desde o começo do ano passou a perceber os sinais estranhos. A princípio, disse ela, imaginou se tratar do cheiro do álcool em gel usado nas mãos. Mas com o tempo passou a perceber que não era bem isso.
Ao buscar ajuda médica, a mulher foi orietnada a providenciar um exame toxicológico no organismo da criança. O que comprovou a existência de álcool no sangue do menino.
Suspeita de ingestão de álcool
“Quase desmaiei quando soube. Meu mundo caiu. A médica me explicou que a única condição que poderia causar esse cheiro seria diabetes, mas deu tudo normal no hemograma. Só havia álcool etílico”, lembrou a mãe.
Ainda de acordo com ela, nenhum representante da escola entrou em contato com a família até o momento para prestar esclarecimentos do que ocorreu.
A Secretaria Municipal de Educação de Barra Belha emitiu uma Nota oficial, onde garante que instaurou instaurou uma sindicância investigativa. Também realizou oitivas com os servidores mencionados, solicitou imagens do sistema de videomonitoramento da escola e encaminhou os materiais ao Ministério Público.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o consumo de álcool por crianças e adolescentes é um problema de saúde pública grave com sérias consequências para o desenvolvimento físico, mental e emocional. O consumo precoce de álcool pode levar a problemas como intoxicação, coma hipoglicêmico e até morte, além de impactar negativamente o desenvolvimento cerebral e a saúde mental;