Subiu o número de vítimas fatais do ataque a tiros que aconteceu na madrugada desta quarta-feira (23) em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. A quarta morte registrada foi do soldado da Brigada Militar, Rodrigo Weber Voltz, de 31 anos.
Ele foi internado no hospital da cidade logo após ser atingido três vezes durante o tiroteio. As informações indicam que Rodrigo estava sob protocolo de verificação de morte cerebral. Nestes casos, o resultado pode levar até 24 horas.
As demais vítimas foram Eugenio e Everton Crippa, de 74 e 49 anos (pai e irmão do atirador, respectivamente), e o policial militar Éverton Kirsch Júnior, de 31 anos. O responsável pelo ataque também morreu: Edson Fernando Crippa, de 45 anos, foi encontrado morto na manhã desta quarta.
Além das vítimas fatais, outras oito pessoas também ficaram feridas, veja:
- Cleris Crippa, 70 anos, mãe do atirador – estado grave após ser baleada três vezes;
- Priscilla Martins, 41 anos, cunhada – estado grave após ser baleada uma vez;
- João Paulo Farias Oliveira, 26 anos, PM – foi operado após ser baleado uma vez;
- Joseane Muller, 38 anos, PM – estado estável após ser baleada uma vez;
- Eduardo de Brida Geiger, 32 anos, PM – liberado do hospital (baleado de raspão);
- Leonardo Valadão Alves, 26 anos, PM – liberado do hospital (baleado de raspão);
- Felipe Costa Santos Rocha, PM – liberado (baleado de raspão);
- Volmir de Souza – baleado uma vez.
Relembre o ataque
Os pais de Edson acionaram a Brigada Militar por volta da 1h45 de quarta-feira, relatando que teriam sofrido maus-tratos por parte dos filhos. Enquanto os policiais faziam o registro dos fatos, ele entrou na casa iniciou o ataque, atirando contra as pessoas que estavam no local.
Inicialmente, morreram o pai e o policial Éverton Kirsch Júnior. No entanto, o irmão do atirador, que havia sido encaminhado ao hospital em estado grave, morreu no bloco cirúrgico.
Atirador era esquizofrênico
De acordo com as autoridades gaúchas, Edson era caminhoneiro e possuía o diagnóstico de esquizofrenia – o que pode provocar alucinações e psicose. Suas armas eram registradas, pois ele era atirador esportivo.
Segundo o secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, no local foram encontradas duas carabinas e duas pistolas, além de munições.
“Com esquizofrenia não é uma questão de se, mas de quando a tragédia vai acontecer. Ele tinha isso e armas em casa”, comentou o secretário.