Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), votaram nesta sexta-feira (2) pela condenação de Maria de Fátima Mendonça Jacinto a 17 anos de prisão. Conhecida como Fátima de Tubarão, em referência ao município catarinense, onde nasceu, ela participou dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Fátima tem 67 anos e está presa desde janeiro de 2023, quando foi alvo de uma das fases da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal. A operação investiga os participantes e financiadores dos atos.
O voto de Moraes ocorreu durante julgamento virtual da ação penal na qual Fátima é ré pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. E ainda por dano, deterioração do patrimônio público e associação criminosa com armas.
O ministro também entendeu que Fátima deve pagar R$ 30 milhões de forma solidária pelos prejuízos que causou com a depredação da sede do Supremo, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.
O julgamento virtual terá fim somente na próxima na sexta-feira (9). No entanto, faltam ainda os votos de nove ministros.
Videos incriminaram a Vovó de Tubarão
No seu voto, Moraes disse que Fátima de Tubarão invadiu o edifício-sede do STF e quebrou vidros e cadeiras. Além disso, também avariou mesas e obras de arte e postou os atos nas redes sociais. Com base nos vídeos, a PolíciaFederal a identificou e prendeu duas semanas após os atos golpistas.
“Em vídeo que circulou nas redes sociais, a denunciada é chamada por Fátima e identificada como uma moradora de Tubarão que estava ali quebrando tudo. Dessa forma, a denunciada, por sua vez, grita e comemora, dizendo: ‘É guerra’. Além disso, afirma, ainda, que teria defecado no banheiro da Suprema Corte, sujando tudo, e encerra a gravação bradando que vai pegar o Xandão”, diz a decisão do ministro.
Pelas redes sociais, a defesa de Fátima afirmou que pretende esgotar todos os recursos previstos no regimento interno do STF contra a condenação. Os advogados também informaram que não descartam levar o caso para a Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Com informações da Agência Brasil