O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou em Brasília a quarta catarinense envolvida nos protestos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A condenada desta vez foi Dirce Rogério, de 56 anos, moradora de Rio do Sul.
Ela foi presa em Brasília durante as manifestações, e permaneceu na penitenciária feminina da Colmeia, na Capital Federal, até 1º de setembro, quando ganhou o direito de aguardar pelo julgamento em liberdade e usando tornozeleira eletrônica.
Dirce é esteticista e proprietária de um salão de beleza na sua cidade, na rua Papa João XXIII. Ela foi condenada a 16 anos e 6 meses, sendo 15 anos de reclusão e 1 ano e 6 meses de detenção. Ela também terá que pagar uma multa no valor aproximado de R$ 48 mil.
De acordo com o relator do processo no STF, ministro Alexandro de Moraes, Dirce foi detida pela Polícia Militar do Distrito Federal dentro do Palácio do Planalto, sede do poder executivo federal. Ao ganhar liberdade em 1º de setembro, ela foi a última mulher a sair da prisão entre todas as presas no 8 de janeiro.
Ao deixar a Colmeia, Dirce foi recepcionada por uma comitiva de apoiadores, liderada pelo senador Magno Malta (PL/ES), com quem conversou e trocou abraços.
De acordo com um levantamento feito pelo Governo do Estado de Santa Catarina dias após os ataques de 8 de janeiro de 2023, o número de catarinenses presos chegou a 50 pessoas. No entanto, apenas quatro foram julgados e condenados, já contando com Dirce Rogério.
Os outros três já condenados são o músico de Blumenau Angelo Sotero de Lima, de 58 anos, a empresária Raquel de Souza Lopes, de 51 anos, moradora de Joinville, e Gilberto Ackermann, de 49, de Balneário Camboriú.