Região Blumenau

Mensagens neonazistas e com discurso de ódio são espalhadas por SC

Caso chegou ao conhecimento do Instituto Movimento Humaniza SC

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Mensagens neonazistas e com discurso de ódio são espalhadas por SC

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) deve investigar o surgimento de cartazes com características neonazistas espalhados pelas ruas de Blumenau, no Vale do Itajaí. As publicações contém mensagens com conteúdo violento e de discurso de ódio contra pessoas do espectro político de esquerda.

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A denúncia veio à tona nesta segunda-feira (22), quando cartazes foram vistos colados nos pontos de ônibus de Blumenau. Um deles foi fixado no ponto de ônibus da Rua Antônio da Veiga, ao lado da Universidade Regional de Blumenau (FURB). Moradores, revoltados com o que viram, fizeram publicações nas redes sociais.

Em seguida, o caso chegou ao conhecimento do Instituto Movimento Humaniza SC, com sede em Florianópolis. A entidade solicitou ao MPSC a instauração de procedimento de investigação e tomada de providências contra os responsáveis pela fabricação dos cartazes. Por enquanto, ainda não há informações sobre possíveis suspeitos.

“As propagandas contendo discurso de ódio devem ser prontamente combatidas, não só pelo seu conteúdo nefasto, mas pelos possíveis efeitos práticos de violência que podem desencadear. É importante que uma investigação seja instaurada de forma urgente, pois há câmeras na região que podem ter capturado imagens das pessoas que espalharam este material”, declarou o Instituto Movimento Humaniza SC.

Adesivo fixado na Rua Antônio da Veiga, ao lado da FURB

Células neonazistas em Blumenau

Um estudo realizado em abril deste ano pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) apontou que Blumenau tinha 63 células neonazistas naquela época. O documento relatava ainda casos ocorridos em outras cidades de Santa Catarina, onde foi detectado um grupo que vendia artefatos nazistas.

O conselho já acionou a ONU para alertar sobre o aumento expressivo de células neonazistas no Brasil. No documento, o CNDH afirmou que o discurso de ódio contra mulheres, população LBGTQIAP+ e pessoas negras, teve um crescimento alarmante.