O casal que matou Isabelle de Freitas, de apenas 3 anos, em Indaial, no Vale do Itajaí, num crime que chocou o país, vai enfrentar o Tribunal do Júri. A mãe e o padrasto da criança foram denunciados pela 2ª Promotoria de Justiça pela prática de homicídio qualificado, com agravantes, além de ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.
Isso porque, depois de tirar a vida da menina, os dois fizeram uma falsa denúncia de desaparecimento da filha. Quando, na verdade, haviam enterrado o corpo da menina em uma cova rasa, num local de mata fechada, no bairro João Paulo II, após transportar o cadáver dentro de uma mala. Parte do trajeto foi registrado por câmeras de monitoramento.
Relembre o caso Isabelle
No dia 04 de março de 2024, por volta de 11 horas, a mãe e o padrasto teriam matado Isabelle na casa onde a família morava, no bairro Rio Morto, em Indaial. A menina morreu de tanto apanhar dos dois.
Pouco mais de quatro horas depois do crime, o casal teria transportado o corpo da criança em uma mala, e enterrando-o em uma cova rasa, num local de mata fechada, no bairro João Paulo II, também em Indaial.
A finalidade era ocultar o cadáver. Imagens de uma câmera de monitoramento mostram a mãe e o padrasto da menina transportando o corpo da criança na mala para ser enterrada. Veja abaixo:
No mesmo dia do crime, a mãe e o padrasto noticiaram falsamente o desaparecimento da criança à Polícia Militar, que gerou um boletim de ocorrência. Foram efetuadas buscas nas proximidades, sem sucesso.
Após ouvir testemunhas e os investigados, a Polícia Civil teria identificado que a história do desaparecimento seria mera estratégia do casal. A prisão preventiva do casal foi decretada dois dias após o crime.
O MPSC também requereu, na mesma data, medidas protetivas ao irmão da vítima. Em 10 de abril, o MPSC ofereceu denúncia contra a mãe e o padrasto.
O crime teria ocorrido porque, supostamente, o casal teria reagido de forma violenta ao fato de a menina não querer comer e ter indicado que iria chorar.
A mãe e o padrasto teriam passado a agredi-la, desferindo golpes por todo o corpo dela, com maior concentração na região da cabeça, o que provocou a morte da criança por traumatismo cranioencefálico, segundo o laudo pericial.
A prisão preventiva dos acusados foi mantida na sentença de pronúncia. A decisão é passível de recurso.