O Tribunal de Justiça de Pernambuco revogou na tarde desta terça-feira (24) a ordem de prisão preventiva do cantor sertanejo Gusttavo Lima, que havia sido decretada 24 horas antes. O juiz também voltou atrás na apreensão do passaporte e do certificado de registro de arma de fogo do cantor, que se encontra nos Estados Unidos com a família.
Gusttavo é um dos investigados na chamada Operação Integration, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo casas de apostas, as chamadas “bets”. Além do cantor, as investigações recaem também sobre a influenciadora e advogada Deolane Bezerra, sua mãe e outras 16 pessoas. As duas deixaram a prisão nesta terça-feira, após mais um habeas corpus impetrado por seus advogados.
A ordem de prisão tinha sido determinada pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. A decisão de derrubar a ordem de prisão sobre Gusttavo partiu do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, que é o relator do caso na Justiça de Pernambuco.
No seu despacho, Eduardo escreveu que não há indícios de que o cantor estivesse dando guarida a fugitivos quando viajou à Grécia com o casal José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha. Os dois são sócios da empresa Vai de Bet, da qual Gusttavo Lima adquiriu 25% em junho deste ano.
Procurada, a defesa de Gusttavo Lima disse que recebeu a decisão “com muita tranquilidade e sentimento de justiça”. Segundo osadvogados do cantor, a decisão anterior “estabeleceu uma série de presunções contrárias a tudo que já se apresentou nos autos, contrariando inclusive a manifestação do Ministério Público do caso”, A relação do cantor com as empresas investigadas era “estritamente de uso de imagem e decorrente da venda de uma aeronave” e todas as ações foram feitas legalmente, por meio de transações bancárias e mediante declarações aos órgãos competentes e registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “O artista tem uma vida limpa e uma carreira dedicada à música e aos fãs e medidas judiciais serão adotadas para obter um mínimo de reparação a todo dano causado à sua imagem”, completou a defesa.