Um homem que ateou fogo no escritório de um advogado no bairro Kobrasol, em São José, na Grande Florianópolis, no início da tarde de segunda-feira (1º) se tornou réu em uma ação penal apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina. Além disso, ele também teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante a audiência de custódia, que ocorreu na manhã de terça-feira (2).
A denúncia oferecida pelo Promotor de Justiça Alexandre Carrinho Muniz relata a sequência de supostos crimes que teriam se iniciado na noite de domingo (30). A partir daí, homem teria passado a coagir a ex-companheira através de mensagens no celular. Eram ameaças contra ela e também ao advogado que a defendia em uma causa de alimentos, na qual a mulher buscava pensão alimentícia para o filho do casal.
No dia seguinte às ameaças, se passando por policial, o homem acessou o segundo andar do prédio comercial onde estava o escritório, que fica na Avenida Lédio João Martins, uma das mais movimentadas do bairro Kobrasol.
No entanto, ele não encontrou ninguém e saiu. Ele teria voltado minutos depois, portando garrafas com combustível inflamável e, então, provocou o princípio de incêndio. O homem ainda tentou fugir, mas ficou preso no elevador, que foi desligado automaticamente pelo sistema anti-incêndios.
Prisão preventiva
De acordo com a Justiça, ele expôs perigo à vida, à integridade física e patrimonial de todos os ocupantes do prédio de uso público. Após ser preso em flagrante, já algemado, ainda gritou palavras de ameaças ao advogado, que chegou no local pouco depois do crime.
A denúncia ocorreu durante a a audiência de custódia, na qual o promotor de Justiça Eduardo Sens dos Santos representou o Ministério Público. Na ocasião, Eduardo requereu a conversão da prisão em flagrante para preventiva. O pedido foi aceito pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de São José.