Região Grande Florianópolis

Homem que ateou fogo na mata vai responder por crime ambiental

Polícia disse que ele não teve intenção de provocar um incêndio

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Homem que ateou fogo na mata vai responder por crime ambiental
Internautas registraram imagens do fogo de diversos pontos da ilha. Foto: divulgação

A Polícia Civil de Santa Catarina divulgou nesta terça-feira (1º) os resultados do inquérito policial que investigou um incêndio florestal que ocorreu numa região de mata em Florianópolis, no dia 11 de setembro. Um homem, que não teve sua identidade divulgada, foi indiciado e agora vai responder na Justiça por crime ambiental culposo.

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As infromações foram repassadas a jornalistas durante uma coletiva de imprensa promovida no final da tarde, na sede da DEIC, em São José. Participaram da reunião agentes da Polícia Científica (PCI) Polícia Civil (PCSC) e Corpo de Bombeiros Militar, além do delegado Otávio Lima, titular da 2ª DP da Capital, que presidiu o inquérito.

Otávio relatou que o homem contou em depoimento que pretendia fazer uma limpeza em área de mata, localizada nos bairros Pantanal e Saco dos limões para iniciar uma uma plantação de tubérculos conhecidos como mandioquinha.

O terreno havia sido emprestado pelo dono, para que o homem fizesse uma pequena plantação. “Ele foi indiciado por crime ambiental culposo, uma vez que agiu de forma negligente, mas sem a intenção de atear fogo à mata”, disse o delegado. O diretor da Polícia da Grande Florianópolis, delegado Pedro Mendes, enfatizou que o incêndio em vegetação da Capital não tem nenhuma ligação com os incêndios florestais que estão sendo registrados no país.

Polícia Civil promoveu uma coletiva de imprensa para apresentar o caso. Foto: divulgação

23 mil metros quadrados atingidos pelo crime ambiental

Pelo Corpo de Bombeiros Militar, o Tenente Coronel Zevir Anibal Cipriano Junior disse que os bombeiros foram comunicados do fato por volta das 17h40, dia 11 de setembro. “Começamos o trabalho com seis homens, mas em função do terreno ser de difícil acesso ampliamos esse número para 20 bombeiros, seis viaturas e um drone”, disse. “Como havia perigo de atingir as residências pois a vegetação estava seca e o vento forte, nós optamos por fazer um monitoramento até o dia seguinte, garantindo assim a segurança de todos os moradores da região.

Representando a Polícia Científica, o perito Cassiano Fachinello Bremm,  superintendente Regional em Florianópolis, disse que a área atingida foi de cerca de 23 mil metros quadrados. “Trabalhamos em conjunto com o Corpo de Bombeiros para somar esforços em busca dos resultados para contribuir com a investigação”, disse o perito.

Já o chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Segurança Pública, coronel PM RR José Aroldo Schlichting destacou a importância da união das forças de segurança. “Nós temos esse resultado justamente pela integração das instituições”, afirmou.

Na noite do incêndio, o fogo e a fumaça puderam ser vistos de diversos pontos da Ilha. Alguns internautas registraram vídeos e fotos com imagens das chamas.