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Homem é denunciado após atirar em academia por briga de aparelho

Caso leva Ministério Público a pedir que acusado vá a júri popular por tentativas de homicídio

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Homem é denunciado após atirar em academia por briga de aparelho
Foto: Reprodução / Redes sociais

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou Guilherme Arruma Granzotto, de 42 anos, por duas tentativas de homicídio. O tiroteiro aconteceu em uma academia de Lages, na Serra de Santa Catarina no dia 24 de junho deste ano.

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Homem acusado por diversos crimes

O MPSC também acusou Granzotto de agressão, ameaça e posse ilegal de arma de fogo. A denúncia já foi enviada ao Poder Judiciário. O órgão pede que o júri popular julgue o homem pela “prática de crimes dolosos contra a vida”.

Assim, o Ministério Público aponta que o motivo foi torpe: uma disputa por um banco de supino, usado em exercícios de peito. A promotora de Justiça Camila da Silva Tognon, que assina a denúncia, ressaltou a gravidade do caso. “O crime foi cometido em um local com várias pessoas e gerou pânico generalizado. A repercussão foi imediata, com grande atenção da sociedade”, afirmou Tognon, classificando o ato como uma “grave afronta à segurança coletiva”.

Entenda a sequência dos fatos

A confusão começou com Granzotto agredindo outro cliente. Sendo assim, o motivo foi a recusa em liberar um aparelho da academia. Um instrutor e um policial, que estava de folga e treinava no local, conseguiram conter Granzotto. Ele deixou o estabelecimento fazendo ameaças.

Horas depois, no mesmo dia, o denunciado retornou à academia. Portanto, ele portava uma arma de fogo e disparou várias vezes, tanto para a parte interna quanto externa do local. Além disso, imagens de câmeras de monitoramento registraram os momentos vividos pelos frequentadores.

Um policial penal interrompeu a ação de Granzotto. O agente, que também estava de folga e treinava na academia, reagiu e baleou o suspeito. O MPSC entendeu que o policial penal agiu em legítima defesa de terceiro, e por isso, não apresentou denúncia contra ele. A ação policial atingiu Guilherme na coluna.

Próximos passos do processo

Com a denúncia formalizada, o caso deve seguir para a fase de instrução. Se a denúncia for aceita, Granzotto irá a julgamento. O Tribunal do Júri é o espaço onde a comunidade, por meio dos jurados, poderá manifestar sua “repulsa à violência e afirmar o valor da vida”, como destacou a promotora Camila da Silva Tognon.

Por fim, a reportagem tenta contato com a defesa do acusado para que se posicione sobre o caso. Dessa forma, o espaço permanece aberto para qualquer manifestação.

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