
O Tribunal do Júri de Lages condenou um homem a 16 anos e quatro meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo assassinato de uma pessoa em situação de rua. O crime, ocorrido em 3 de junho de 2024, teve o desfecho na Justiça nesta quinta-feira (17).
O réu, de 46 anos, atacou a vítima, de 23 anos, com golpes de uma viga de madeira na cabeça, provocando sua morte. O homicídio aconteceu em frente a uma pizzaria desativada na Avenida Dom Pedro II, em plena luz do dia. A agressão aconteceu enquanto ambos, em situação de rua, consumiam bebidas alcoólicas no local.
Julgamento do homem
Preso em flagrante, o agressor foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por homicídio qualificado, com uso de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Dessa forma, a promotora de Justiça Bruna Amanda Ascher Razera conduziu a acusação, apresentando as provas do crime e defendendo a condenação.
Durante sua argumentação, a promotora enfatizou a gravidade do ato. “Matar é negar a humanidade do outro, dizendo que ele não merece viver. Por isso, a clemência com quem mata é a conivência com a morte”, explicou.
Em sua réplica, a promotora refutou as tentativas da defesa de minimizar o ocorrido, reforçando a necessidade de uma punição rigorosa. “A essência do Tribunal do Júri é ser a voz da civilização contra a barbárie, e não podemos admitir que quem mata fique impune e ande por aí como se não tivesse feito nada. É preciso aplicar uma punição severa para mostrar que não toleramos o crime”, concluiu.
Condenação
Os jurados acolheram integralmente a tese da acusação, resultando na condenação do réu. Desse modo, a sentença foi lida às 15h51. Por fim, o condenado, que já possui outros antecedentes criminais, foi reconduzido ao presídio para o cumprimento da pena, sem direito a recorrer em liberdade.