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Operação que prendeu Deolane apreende avião do cantor Gusttavo Lima

Investigação mira esquema de jogos ilegais e lavagem de dinheiro

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Operação que prendeu Deolane apreende avião do cantor Gusttavo Lima
Gusttavo, com seu avião, em Jundiaí. Foto: divulgação

A Polícia Civil de São Paulo apreendeu na manhã desta quarta-feira (4) um avião que pertence à empresa do cantor sertanejo Gusttavo Lima. A investigação faz parte da Operação Integration, a mesma que também nesta quarta prendeu a empresária, advogada e influenciadora Deolane Bezerra, viúva do Mc Kevin, morto em 2022.

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O avião de Gusttavo Lima foi recolhido por policiais enquanto passava por uma manutenção no aeroporto de Jundiaí, no interior de São Paulo. A ação mira uma organização criminosa que, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, movimentou R$ 3 bilhões provenientes de jogos ilegais.

No entanto, a polícia ainda não esclareceu qual seria a ligação da aeronave com o esquema, nem explicou qual a relação do cantor com a investigação.

Conforme a Agência Nacional de Avião Civil (Anac), a aeronave que a Polícia apreendeu está registrada para a empresa Balada Eventos e Produções LTDA, que pertence ao cantor.

Advogado de Gusttavo Lima se defende

O advogado da empresa Balada Eventos e Produções, Cláudio Bessas, se manifestou logo após a ação. De acordo com ele, a aeronave foi vendida num contrato de compra e venda, devidamente registrado junto ao Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB-Anac), para a empresa J.M.J Participações.

“Portanto, a empresa J.M.J é a proprietária e está registrada no RAB da ANAC como operadora até o deferimento do processo de transferência pelo órgão”, esclareceu ele. No entanto, no sistema da Anac, o avião segue registro em nome da empresa do sertanejo Gusttavo Lima.

De acordo com a polícia, estão sendo cumpridos 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão no Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba, Goiânia e em Minas Gerais. Deolane Bezerra foi presa nesta manhã em Pernambuco.

A Polícia Civil divulgou que além da apreensão do avião, um carro de luxo foi apreendido na mansão de Deolane, em um condomínio de alto padrão em Barueri, além do sequestro de bens e pedido de bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões dos investigados.

As investigações da operação Integration começaram em abril de 2023, sobre uma organização criminosa voltada à prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.

Defesa de Deolane

A defesa de Deolane publicou uma nota nas redes sociais em que diz que a investigação é sigilosa e que a divulgação de detalhes específicos do processo “não só desrespeita o direito à privacidade da investigada, como também pode configurar violação de segredo de Justiça, sujeitando os responsáveis às devidas sanções legais”.

“Ressaltamos que a Drª. Deolane Bezerra tem plena confiança na Justiça e permanece à disposição para colaborar com as autoridades competentes, de modo a esclarecer todos os fatos. Além disso, informamos que o corpo jurídico da Dra. Deolane já está tomando todas as providências cabíveis para garantir o respeito ao sigilo processual e para responsabilizar aqueles que, porventura, estejam divulgando informações inverídicas ou confidenciais de forma indevida”, diz a nota.

Nas redes sociais, a irmã de Deolane, Dayanne Bezerra, disse que a irmã é inocente.

“Mais uma vez, venho aqui por minha cara a bater e falar que estamos sendo perseguidas. E que vamos provar a nossa inocência, custe o que custar. Espero que não venham especular e que não me perguntem nada. O que eu tinha para dizer, está dito aqui. E se eu tiver alguma atualização, eu venho falar, porque nós não temos vergonha e nós não devemos nada”, disse a irmã.