
Neste sábado (12), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) deflagrou mais uma operação contra o extremismo. Desta vez, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão no Vale do Itajaí.
A Operação Vórtice teve como objetivo desarticular um grupo investigado por promover discursos de ódio, exposição a conteúdos extremos e incentivo ao extremismo e à violência.
Durante a ação, os policiais cumpriram três mandados de busca e apreensão e duas decisões de internação provisória. As medidas cautelares são requisições da Promotoria de Justiça da Infância da Comarca do Vale do Itajaí.
Perfil do grupo investigado
Conforme informações do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), os grupos virtuais têm se configurado como ambientes propícios à prática de crimes graves. Além disso, apresentam especial impacto sobre adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Todavia, a atuação desses grupos segue uma estrutura progressiva, dividida em fases que envolvem manipulação emocional, coação, exposição a conteúdos extremos e, em casos mais avançados, incentivo ao extremismo e à violência.
Agência internacional colaborou nas investigações contra o grupo
A Operação Vórtice contou com apoio estratégico do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Agência de Investigação Interna (Homeland Security Investigations – HSI) da Embaixada dos Estados Unidos da América. Essa parceria ressalta a importância da cooperação entre órgãos e agências para o combate ao extremismo e ao crime organizado.
Por que Operação Vórtice?
O nome escolhido é em alusão à força de sucção de um vórtice. Simbolicamente, ele representa a maneira como adolescentes e jovens são atraídos e arrastados para círculos virtuais de violência, crueldade e criminalidade.
Assim como um vórtice consome tudo ao seu redor e leva ao fundo, os ambientes digitais investigados atuam como redutos que isolam, influenciam e radicalizam seus integrantes, afastando-os da realidade e dos limites legais e morais.
Por fim, o nome reforça a gravidade e a urgência de ações coordenadas para romper esse ciclo e proteger os mais vulneráveis.
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