Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (05/12), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) atua nas ruas das cidades do litoral Norte catarinense, onde realiza diligências relacionadas à Operação “Nota Verde”. A ação visa também o afastamento pelo menos dois ocupantes de cargos públicos por meio de mandados judiciais. Os responsáveis pela operação ainda não divulgaram quais órgãos públicos estão envolvidos.
Além disso, as equipes do Gaeco cumprem 23 mandados de busca e apreensão em residências e escritórios de empresas. O Ministério Público, através da 10ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itajaí conduz a investigação, com o apoio direto do órgão de combate as organizações criminosas.
O cumprimento das ordens judiciais ocorrem nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú, Camboriú, Bombinhas e Penha, em Santa Catarina, e ainda assim, em Curitiba, no Paraná. A Vara Regional de Garantias da Comarca de Itajaí expediu os mandados.
Os investigadores apuram possíveis crimes de corrupção, crimes ambientais, organização criminosa, bem como, lavagem de dinheiro. As suspeitas recaem sobre uma aliança formada por agentes públicos, empresários e particulares, que teriam atuados para facilitar concessões irregulares de licenciamentos ambientais.
A investigação identificou que os envolvidos autorizavam desmatamentos em áreas de preservação permanente, causando danos à fauna e à flora protegidas por lei. Essas ações ilegais beneficiavam pessoas físicas e jurídicas com grande poder aquisitivo, em detrimento do erário e do meio ambiente.
Foco na Preservação Ambiental
Com a Operação “Nota Verde”, as autoridades buscam assegurar que as licenças ambientais respeitem rigorosamente a legislação, sem privilégios irregulares. O nome da operação reflete o lucro obtido por meio de práticas ilícitas. A Polícia Científica de Santa Catarina também participa das ações, onde atua no trabalho de perícia de toda a documentação apreendida.
O Gaeco e o Ministério Público de Santa Catarina informam que as investigações estão sob sigilo, visando ampliar a investigação após a apreensão dos documentos. De acordo com os órgãos, assim que os autos forem tornados públicos, divulgarão novas informações.