Na manhã de quinta-feira (13), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e o Grupo Estadual de Enfrentamento a Facções Criminosas (Gefac) deflagraram a Operação “Balthus”, visando cumprir 11 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva e três de suspensão cautelar do exercício da advocacia em cidades do Oeste de Santa Catarina.
As ordens judiciais, que estão sendo obedecidas nas cidades de Joaçaba, Capinzal, Ouro, Água Doce e Piratuba, decorrem de investigações que iniciaram há mais de um ano, com o objetivo de barrar advogados suspeitos de abusar de suas prerrogativas profissionais para facilitar a comunicação, ou – sintonia -, entre os presos.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), “esse processo de comunicação coloca a sociedade em risco e promove o crescimento e avanço contínuo de organizações criminosas, principalmente porque tem se tornado um método eficaz para o funcionamento do sistema de comunicação entre criminosos, garantindo que as informações ilícitas permaneçam sendo transmitidas, por meio de advogados, entre eles e para terceiros“.
A Operação Balthus recebeu esse nome em alusão a um tipo específico de nó de gravata: o “nó Balthus”. No linguajar prisional, “gravata” é o termo utilizado pelos detentos para se referir aos advogados, refletindo diretamente o foco das investigações.
Participam da operação dois Promotores de Justiça e 24 policiais integrantes do Gaeco. Dez viaturas estão sendo empregadas na operação. A investigação segue em segredo de Justiça a fim de evitar que a identificação de outros possíveis envolvidos seja dificultada.
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