A caça à corrupção nas prefeituras de Santa Catarina parece não ter fim. Nesta quarta-feira (16), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) fez buscas em quatro endereços entre residências e empresas na cidade de Lages, na Serra catarinense. As ações fazem parte da chamada Operação Último Recurso. Ela investiga crimes contra a administração pública, especificamente corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos em sistemas de informações e violação de sigilo funcional.
O caso corre em segredo de Justiça, mas imagens divulgadas pela Polícia Civil sugerem que uma grande quantidade de dinheiro foi apreendida, em notas de R$ 200 e R$ 100.
As buscas ocorrem em apoio a um Procedimento Investigatório Criminal – PIC instaurado pela 5ª Promotoria de Justiça da Comarca de Lages. Os mandados foram expedidos pela Vara Regional de Garantias da Comarca local. A operação busca desarticular um esquema criminoso promovido por um empresário do ramo de assessoria em defesa e recursos de multas decorrentes infrações de trânsito.
De acordo com a Polícia Civil, servidores da Prefeitura de Lages são suspeitos de participação no esquema. A operação conta com o apoio técnico da Polícia Científica de Santa Catarina, que trabalha para preservar as evidências encontradas. A investigação tramita em sigilo e, assim que houver a publicidade dos autos, novas informações poderão ser divulgadas.
A Prefeitura de Lages até o momento não se manifestou sobre o ocorrido.
O GAECO é uma força-tarefa composta, em Santa Catarina, pelo Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar, e tem como finalidade a identificação, prevenção e repressão às organizações criminosas.