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Equipe de Alexandre Pires se manifesta: “acreditamos na idoneidade dele”

Cantor está envolvido em investigações da Polícia Federal

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Equipe de Alexandre Pires se manifesta: “acreditamos na idoneidade dele”
Foto: Divulgação

A produtora Opus Entretenimento, empresa com sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que administra a carreira do cantor Alexandre Pires, publicou nesta terça-feira (5) nas suas redes sociais uma nota ofcial se manifestando sobre as operações da Polícia Federal envolvendo o artista. Alexandre Pires foi contratado pela Prefeitura de Florianópolis para se apresentar no show da Virada, na noite de 31 de dezembro, na avenida Beira-Mar Norte, por R$ 860 mil.

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Agentes da PF cumpriram na segunda (4) mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Alexandre, entre eles num navio que leva seu nome, onde o cantor participava desde sexta-feira (1º) de um cruzeiro no Litoral paulista. De acordo com o jornal Diário de Pernambuco, assim que percebeu a chegada dos policiais, Alexandre chegou a se esconder numa das cabines do navio, com medo de ser preso. No entanto, os mandados eram apenas para busca e apreensão, e não de prisão, por enquanto.

De acordo com a Polícia, Alexandre teria recebido ao menos R$ 1 milhão de uma empresa mineradora envolvida em um esquema de financiamento e logística ao garimpo ilegal na Terra Indígena Ianomâmi, nos estados de Roraima e Amazonas.

A Opus Entretenimento se pronunciou pelo Instagram, alegando que desconhece qualquer atividade ilegal supostamente relacionada a seus colaboradores e parceiros da empresa.

“Em relação a Alexandre Pires, uma das grandes referências da música brasileira, a Opus, responsável pela gestão de sua carreira, manifesta sua solidariedade ao artista, confiando em sua idoneidade e no completo esclarecimento dos fatos. A Opus mantém o seu compromisso de promover a cultura e levar o entretenimento ao público brasileiro”, completou a nota.

A operação da Polícia Federal que cumpriu as ordens judiciais é chamada de Disco de Ouro, e investiga desde o começo deste ano um esquema de financiamento ao garimpo ilegal, que seria segundo os policiais voltado para a “lavagem” do minério cassiterita retirado ilegalmente da terra indígena.

Matheus Possebon, que já se rriscou em carreira como cantor, hoje é empresário ligado a Pires e também investigado. Foto: divulgação

O inquérito ainda investiga a possível participação de Matheus Possebon Carvalho, ex-cantor e atualmente empresário do ramo musical, que seria um dos responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes. Possebon, que numa rede social se apresenta como “musicista”, foi preso na manhã desta terça (5), ao desembarcar do navio, no porto de Santos. Nesta mesma terça, Alexandre Pires retirou o nome de Matheus das suas redes sociais, onde até a véspera ele aparecia com referência a “empresário”.

Além disso, foi determinado o sequestro de mais de R$ 130 milhões dos suspeitos.

As redes sociais de Alexandre Pires mostram videos e fotos do cruzeiro que entre sexta e segunda-feira reuniu centenas de pessoas no “Navio Alexandre Pires”, em alto mar, próximo à cidade de Santos. No domingo, Alexandre se apresentou junto de Lulu Santos. Na segunda, dia em que os policiais fizeram as buscas, Alexandre foi homenageado no salão nobre do navio, e chegou a postar um vídeo em que aparece emocionado.

Quem é Matheus Possebon, preso nesta terça (5)

Antes de assumir a carreira de empresário como um dos sócios da Opus Entretenimento, Matheus Possebon chegou a se arriscar na carreira de cantor, profissão que abandonou em 2018. Antes disso, chegou a gravar um DVD ao vivo na Argentina. No You tube, alguns de seus clipes musicais acumulam mais de 65 mil visualizações, como “Cruzando raios” e “olha nos meus olhos”.

Em 2010, Matheus Possebon lançou o primeiro CD/DVD da sua carreira como músico, intitulado “Fica Comigo?”. A noite de lançamento reuniu público no teatro do CIEE, erm Poirto Alegre, onde Matheus dividiu palco com artistas consagrados como Lucas Lima (marido de Sandy), Jonathan Corrêa (Reação em Cadeia), Serginho Moah (Papas da Língua) e Tatiana Portella (Chimarruts).

Na época a crítica enalteceu o trabalho: “entre as canções escolhidas para o repertório do show, o que predomina é o romantismo. Com forte influência da música latina, as canções de Matheus Possebon prometem cair no gosto do público. Para acompanhar o cantor, formou-se uma superbanda com bateria, percussão, baixo, guitarra e trio de backing vocals”, publicou um site especializado.

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