
Um empresário de Caçador, no Oeste de Santa Catarina, recebeu uma condenação de nove meses de detenção em regime semiaberto por assédio sexual.
Ele também pagará R$ 650 mil em indenizações a três funcionárias terceirizadas. A informação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) nesta terça-feira (27).
As vítimas, que trabalhavam na limpeza de imóveis do réu, sofreram abordagens sexuais e propostas indecorosas. Ou seja, o empresário abusou de sua posição para constrangê-las.
Condenação do empresário
Os crimes ocorreram entre maio e setembro de 2019. Desse modo, o juiz reconheceu o assédio sexual, mesmo as funcionárias sendo terceirizadas.
A decisão ressaltou que o réu usou sua condição de proprietário para impor sua vontade, causando um impacto psicológico nas vítimas.
Por conta disso, as mulheres relataram transtornos emocionais e prejuízos profissionais após os abusos. Portanto, a condenação inclui:
- Nove meses de detenção (semiaberto).
- R$ 250 mil para duas vítimas
- R$ 150 mil para a terceira vítima
Ademais, a Justiça também enviou o caso ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para apurar a responsabilidade da empresa terceirizada. O processo corre em segredo de justiça, e a sentença cabe recurso ao TJSC.
Como denunciar assédio sexual
Por fim, para denunciar assédio sexual em Santa Catarina, as vítimas podem procurar diversos canais:
- Polícia Civil: Registre um boletim de ocorrência presencialmente em qualquer delegacia ou através da Delegacia Virtual.
- Ministério Público do Trabalho (MPT): Denúncias sobre assédio no ambiente de trabalho podem ser feitas diretamente ao MPT.
- Ouvidoria-Geral do Estado: Ligue 0800 644 8500 .
- Ligue 180: Central de atendimento à mulher, que oferece denúncias e informações sobre violência doméstica e sexual, funciona 24h, todos os dias, em todo o país. Também é possível contatar via WhatsApp no número (61) 9610-0180.
- Disque Denúncia 181 (Polícia Civil): Canal para denúncias anônimas.