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Dentista é preso e morre em cela da Polícia; caso é investigado

Cezar foi preso por embriaguez ao volante ao causar acidente; família diz que foi infarto

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Dentista é preso e morre em cela da Polícia; caso é investigado
Foto: Reprodução / Redes sociais

A Polícia Civil deu início a uma investigação, nesta segunda-feira (21), para apurar a morte de um dentista e servidor público federal de 52 anos após ter sido preso. A prisão ocorreu na noite de sexta-feira (18), quando a vítima sofreu um acidente de trânsito em São José e a Polícia Militar verificou sinais de embriaguez. Na manhã seguinte, sábado (19), um policial teria localizado o homem morto dentro da cela, na Delegacia da Polícia Civil em São José. A vítima é Cezar Maurício Ferreira.

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O acidente ocorreu na Rua Cândido Amaro Damásio, bairro Jardim Cidade. O carro que o dentista dirigia, um Peugeot, teria batido na traseira de um Jeep Compass. De acordo com os militares que atenderam a ocorrência, o servidor não tinha condições de realizar o teste do bafômetro, mas a guarnição procedeu com a prisão pois ele apresentava mais de um sinal de embriaguez.

A PM explicou que “os policiais, ao conversarem com o outro condutor, perceberam que ele apresentava sinais de embriaguez. A guarnição ofereceu o etilômetro, porém ele não conseguiu realizar o teste.”

Na delegacia, os policiais alocaram Cezar em uma cela por volta das 21h de sexta. Já por volta das 7h40 de sábado, encontraram a vítima já sem vida.

Família contesta embriaguez

Conforme o advogado da família, Wilson Knöner, Cezar não consumia bebida alcóolica e era cardiopata. Por isso, os familiares defendem que ele precisava de uma ambulância após o acidente que ocorreu, pois a vítima teria tido um mal súbito enquanto dirigia. Em nota, a família afirma que os policiais confundiram uma parada cardiorrespiratória com embriaguez ao volante.

A família alega, ainda, que não recebeu informações formais a respeito da detenção e da morte do familiar. No entanto, soube “da perda irreparável por terceiros, muitas horas depois”. Assim, os familiares acusam o Estado de negligência.

Ao tomar conhecimento dos fatos nesta segunda, o Delegado-Geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, solicitou um relatório com as informações para a Delegacia Regional de São José, para que a apuração dos fatos ocorra com a “máxima urgência”.

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