Região Grande Florianópolis

Construtor que comandava esquema irregular é preso em Florianópolis

Terrenos eram comercializados fora da lei no bairro Rio Vermelho

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Construtor que comandava esquema irregular é preso em Florianópolis

Foi preso na manhã desta terça-feira (13) em Florianópolis um homem apontado como líder de um grupo criminoso que comercializava imóveis irregulares no Norte da Ilha. A operação da Polícia Civil, denominada de Acapulco, também cumpriu 12 mandados de busca e apreensão. Além disso, a Justiça determinou o sequestro de bens como casas, terrenos, veículos e bloqueio de valores em contas bancárias.

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As ações foram promovidas pela Delegacia de Investigação de Crimes Ambientais e Crimes Contra as Relações de Consumo. Ainda por ordem judicial, a prefeitura da Capital terá que providenciar junto aos cartórios de registros de imóveis a indisponibilidade nos registros de inscrições de 231 imóveis que pertencem ao grupo criminoso. As investigações, comandadas pela delegada Patricia Fronza, concluíram que esses imóveis são oriundos de parcelamentos irregulares, sem matrículas em cartórios de registros de imóveis.

A investigação, que teve início em 2020, desmantelou uma associação criminosa, comandada por um construtor e seus familiares, que há anos tem implantado loteamentos clandestinos no bairro Rio Vermelho. Os criminosos faziam divisões irregulares nas áreas e comercializavam os lotes de forma clandestina. As investigações também apuraram que houve prejuízos ao meio ambiente, com o corte de vegetação nativa e rasteira.

Ainda de acordo com a Polícia, além dos crimes ambientais e urbanísticos, o grupo operava uma engrenagem para lavagem de dinheiro, utilizando-se de empresas fantasmas, constituídas com a finalidade de ocultar os valores oriundos da comercialização dos lotes irregulares.

Os investigados comercializavam os imóveis irregulares através de uma imobiliária da região, com  a promessa de posterior regularização fundiária (REURB) e melhorias de infraestruturas.

Foto: Polícia Civil / divulgação

De acordo com os órgãos ambientais, o parcelamento irregular do solo, sem a autorização do Poder Público, provoca diversos problemas sociais na mobilidade urbana, inundações, desmoronamento, bolsões de pobreza, precário atendimento de saúde pública e educação.

Todos os materiais apreendidos serão agora enviados à Polícia Científica e, após a extração dos dados, tudo será analisado pela equipe da Delegacia. A operação policial contou com o apoio de aproximadamente 40 Policiais Civis, integrantes das demais unidades especializadas da DEIC, da 10ª DP da Capital e do Setor de Operações da Delegacia Geral.

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