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Justiça condena assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes

Familiares das vítimas caíram em lágrimas no tribunal e aplaudiram a justiça

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Justiça condena assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes
Foto: Divulgação / Agência Brasil

O 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. No julgamento que iniciou na manhã da quarta-feira (30), a sentença foi lida nessa quinta-feira (31).

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Ronnie Lessa, ex-policial, autor dos disparos que provocaram a morte das vítimas, recebeu a pena de 78 anos e 9 meses de prisão. Já Élcio Queiroz, também ex-policial, que dirigiu o Cobalt usado no atentado, foi condenado a 59 anos e 8 meses de prisão.

Quando a sentença foi anunciada no Tribunal do Júri, familiares das vítimas caíram em lágrimas no tribunal e aplaudiram a justiça. A condenação acontece exatos 6 anos, 7 meses e 17 dias após o crime.

De acordo com o processo, os assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes foram enquadrados nos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado, receptação do Cobalt prata, clonado, que foi usado no crime e tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora de Marielle que sobreviveu ao atentado e prestou depoimento na quarta-feira.

Delação no caso Marielle Franco e Anderson Gomes

Contudo, Ronnie e Élcio devem gozar de liberdade bem antes da totalidade da pena, pois ambos assinaram um acordo de delação premiada, que levou ao avanço das investigações. Foi através da delação dos condenados, que as investigações chegaram nos mandantes do crime.

Com isso, Élcio Queiroz ficará preso por 12 anos em regime fechado e Ronnie Lessa ficará preso por 18 anos em regime fechado além de 2 anos em regime semiaberto. A pena começa a ser contada na data em que foram presos, em 12 de março de 2019, um ano após o crime. Com isso, 5 anos e 7 meses serão descontados das penas máximas.

Élcio pode deixar a cadeia em 2031, e Lessa vai para o semiaberto em 2037, com liberdade prevista para 2039. Além disso, os condenados não irão cumprir suas penas em presídios federais de segurança máxima, ambos foram transferidos para penitenciárias estaduais.

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