Mayckon Costa Crispim, de 33 anos, morreu na manhã desta quarta-feira (18), após um confronto com a Polícia Militar do Mato Grosso. A polícia o procurava por tentar esfaquear sua ex-namorada, que havia fugido de Santa Catarina para Cuiabá por medo dele.
Mayckon estava em liberdade condicional desde 2022. Ele havia sido condenado por matar a facadas o padre Alvino Broering, pároco da Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento em Itajaí. Na época, o caso teve repercussão nacional.
Na noite do crime, ocorrido em 14 de dezembro de 2009, o Ministério Público denunciou que o padre marcou um encontro amoroso via Orkut, antigo aplicativo de amizades. Ele jantou com Mayckon e, no retorno, parou o carro na rodovia BR-101 a pedido do acusado, que alegou querer urinar. Durante um momento de distração do sacerdote, Mayckon o esfaqueou e, em seguida, roubou o carro, o cartão de crédito e dinheiro do padre.
Logo após, as autoridades localizaram o veículo abandonado em Navegantes. Dias mais tarde, prenderam Mayckon, que confessou o crime. Em abril de 2010, a Justiça o condenou a 22 anos de prisão. Ele obteve liberdade condicional há menos de dois anos.
Na época do assassinato, Padre Alvino exercia diversas funções: era capelão da Pastoral Universitária da Univali, diretor da Rádio Comunitária Conceição e, além disso, membro da Academia Itajaiense de Letras.
Crime em Cuiabá
Investigações realizadas pelas autoridades do Mato Grosso revelaram que, após sair da prisão, Mayckon foi morar em Navegantes. Lá, ele iniciou um relacionamento com uma mulher da cidade. Depois de alguns desentendimentos, a mulher se mudou para Cuiabá, temendo pela própria vida. Mesmo assim, Mayckon a perseguiu até encontrá-la.
Na terça-feira (17), ele tentou matá-la com 20 facadas. A vítima foi hospitalizada e, contudo, segue em estado grave, hospitalizada. A Polícia Militar baleou e matou Mayckon no local, após ele resistir à prisão na manhã de quarta-feira (18).