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Adolescente de SC embolsava doações em dinheiro às vítimas no RS

Polícia calcula que ele movimentava R$ 2 milhões por dia em site falso

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Adolescente de SC embolsava doações em dinheiro às vítimas no RS
Delegado Eibert Moreira, da Polícia civil gaúcha, comandou a operação. Fotoi: divulgação

A Polícia Civil gaúcha fez buscas na manhã desta segunda-feira (27) num endereço em Balneário Camboriú, no apartamento onde reside um adolescente de 16 anos. O rapaz é investigado por fraudes em vaquinhas virtuais que supostamente arrecadavam fundos para as vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul. As investigações apontaram que o jovem participava ativamente de uma operação fraudulenta por meio de uma página falsa de arrecadação.

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O adolescente foi localizado num apartamento de luxo, que ele mesmo alugou por 30 mil mensais. O delegado Eibert Moreira, titular da 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios e de Proteção à Pessoa da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, revelou que o rapaz desviava dinheiro dessas arrecadações e gerenciava sites falsos de produtos. Segundo a Polícia, os golpes movimentavam cerca de R$ 2 milhões por dia. Outros dois suspeitos também são investigados por estelionato e lavagem de dinheiro.

Durante a operação, ele confessou aos policiais como aplicava o golpe. O grupo criou uma página que simulava o site oficial do Governo do RS, divulgada nas redes sociais com impulsionamento pago. A página redirecionava as vítimas para links que geravam um QR Code para doações via Pix.

Assim que identificados, os sites fraudulentos foram tirados do ar pela polícia. O adolescente foi identificado como sócio-proprietário de empresas que recebiam os valores das doações. Ele afirmou aos policiais que precisava do dinheiro para manter seu estilo de vida luxuoso e frequentemente usava redes sociais para ostentar seu “sucesso”.

Impacto financeiro e medidas policiais

Os golpistas tinham planos de desviar mais de R$ 2 milhões por dia. Para incentivar as doações, informavam que R$ 2,7 milhões já haviam sido arrecadados. Além das ordens judiciais, a polícia bloqueou R$ 1 milhão nas contas do suspeito e cumpriu outros mandados no interior de Santa Catarina.

As investigações continuam para identificar e prender todos os envolvidos no esquema. As autoridades pedem que a população esteja atenta a possíveis golpes e verifique a autenticidade das páginas antes de fazer qualquer doação.

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