Vai começar às 8h desta quinta-feira (29) o tão aguardado julgamento do acusado de cometer o ataque à creche em Blumenau, em abril do ano passado. Será um júri popular, ou seja, sete jurados, pessoas da comunidade, vão analisar o processo e decidir se o réu deve ser condenado ou absolvido das acusações.
Para garantir a segurança e o bom andamento dos trabalhos, diversas restrições foram estabelecidas. Apenas familiares das vítimas e do réu terão acesso ao Tribunal do Júri, sem presença de público externo.
A imprensa terá um espaço reservado, mas deverá seguir normas rigorosas, como a proibição de fotografar ou filmar jurados e testemunhas.
Além disso, orienta-se que o nome e a imagem do acusado não sejam veiculadas, conforme recomendação de especialistas, com o objetivo de não dar notoriedade ao acusado e evitar o chamado efeito contágio.
O portal Guararema News decidiu não divulgar o nome, a foto e as imagens do autor do ataque à creche. Faremos uma cobertura especial, que você pode acompanhar pelo site, redes sociais e pela Rádio Massa Blumenau, em 103,5 FM.
Mudanças no trânsito por causa do júri popular
A Rua Zenaide Santos de Souza, em frente ao fórum, ficará temporariamente fechada no início e ao término do julgamento. Um forte esquema de segurança está sendo implementado.
Acusações contra o réu
O acusado foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por quatro homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio qualificado. As qualificadoras consideradas foram motivo torpe, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e crime contra menores de 14 anos.
Relembre o caso
No dia 5 de abril do ano passado, a creche particular, localizada no bairro Velha, em Blumenau, foi invadida por um desconhecido. Um homem de 25 anos, armado com uma machadinha, pulou o muro do CEI Cantinho Bom Pastor, e matou quatro crianças com golpes na cabeça e pescoço.
Outros cinco alunos ficaram feridos, foram hospitalizados e sobreviveram. O assassino fugiu de moto, mas foi preso logo em seguida e confessou o crime. Em outubro, o Poder Judiciário decidiu que ele iria a júri popular. As vítimas foram:
- Bernardo Cunha Machado – 5 anos
- Bernardo Pabst da Cunha – 4 anos
- Larissa Maia Toldo – 7 anos
- Enzo Marchesin Barbosa – 4 anos