Região Blumenau

Nada de gotinhas: vacina contra a Poliomielite é substituída por injetável

Aplicação deve ter início no dia 4 de novembro

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Nada de gotinhas: vacina contra a Poliomielite é substituída por injetável
Foto: Divulgação

Seguindo a recomendação do Ministério da Saúde (MS), Blumenau substitui a Vacina Oral Poliomielite bivalente (VOPb), conhecida como gotinha, pela Vacina Inativada Poliomielite (VIP), que é a injetável. Com isso, as equipes da Secretaria de Promoção da Saúde (Semus) fazem uma força tarefa até o dia 31 de outubro. O objetivo é realizar o recolhimento dos estoques das vacinas orais e prestar demais orientações e capacitações aos profissionais neste período.

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As vacinas (VOPb) de reforço não serão aplicadas no público-alvo, neste intervalo. Contudo, as crianças que já têm data marcada para receber o imunizante serão reagendadas para ganhar a vacina injetável. A partir do dia quatro de novembro, as crianças recebem apenas a vacina injetável contra a doença.

A decisão do Ministério da Saúde tem base em critérios epidemiológicos, evidências científicas e recomendações internacionais para deixar o esquema vacinal mais seguro. A vacina oral contém o vírus enfraquecido e, quando utilizada em meio a condições sanitárias ruins, pode levar a casos de pólio derivados da vacina. Eles são menos comuns que as infecções por poliovírus selvagem.

Aplicação da vacina

A partir de quatro de novembro será necessária apenas uma dose de reforço com VIP, aos 15 meses de idade. Deste modo, o esquema vacinal será aos 2 meses – 1ª dose; 4 meses – 2ª dose; 6 meses – 3ª dose e 15 meses, a dose de reforço.

Segundo dados da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), até o momento, Santa Catarina já atingiu 87,79% de cobertura da VIP. Entretanto, Blumenau tem 86,20%.

A Poliomielite

A Poliomielite, ou Paralisia Infantil, é uma doença contagiosa causada por vírus e pode infectar adultos ou crianças. Pessoas que vivem em precárias condições de higiene pessoal, más condições habitacionais ou ainda em falta de saneamento básico podem contrair o poliovírus. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos.