Região Joinville / Jaraguá

Wolbitos serão soltos em mais 15 bairros de Joinville

Segunda fase deve proteger 150 mil pessoas em Joinville

Wolbitos serão soltos em mais 15 bairros de Joinville
Foto: Prefeitura de Joinville/Divulgação

A segunda etapa do Método Wolbachia começa no segundo semestre em Joinville e vai levar os Wolbitos a mais 15 bairros da cidade. A estratégia quer reduzir os casos de dengue, zika e chikungunya com a liberação de mosquitos Aedes aegypti que carregam a bactéria Wolbachia, inofensiva aos humanos, mas capaz de bloquear a transmissão dos vírus.

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O que é Wolbachia

A Wolbachia é uma bactéria natural, que já existe em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas não faz mal aos humanos. Quando o mosquito Aedes aegypti carrega a Wolbachia, os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana não conseguem se desenvolver dentro do mosquito.

Assim, mesmo que o mosquito pique uma pessoa infectada, ele não consegue carregar o vírus para outra pessoa, porque o vírus não se multiplica dentro dele.

Além disso, quando o mosquito com Wolbachia se reproduz, ele passa a bactéria para seus filhotes. Logo, ao longo do tempo, a população de mosquitos com Wolbachia vai crescendo na região, substituindo os mosquitos que transmitem os vírus.

Liberação dos Wolbitos ocorre no segundo semestre

Antes das solturas, equipes da Wolbito do Brasil e da Prefeitura promovem ações informativas em escolas, unidades de saúde e comunidades para explicar o método e engajar a população.

“Queremos que as pessoas entendam, participem e se sintam parte dessa solução”, destaca Luciano Moreira, CEO da Wolbito do Brasil. Ele lembra que o método é natural, não usa modificação genética e já apresenta resultados em cidades como Niterói (RJ) e Medellín (Colômbia).

A primeira fase em Joinville atendeu 17 bairros e cerca de 360 mil pessoas. Agora, a meta é alcançar mais 150 mil moradores com solturas semanais em outros 15 bairros da cidade.

Mesmo com os Wolbitos, os cuidados seguem valendo: telas de proteção, repelente e eliminação de criadouros devem continuar fazendo parte da rotina.

A iniciativa faz parte de uma força-tarefa da Secretaria da Saúde de Joinville para conter os vírus com tecnologia, mutirões e conscientização.