Irmãos passam por transplante de coração e têm reencontro emocionante

Um fato raro e comovente aconteceu na família dos irmãos Paulo Henrique Paim, 54 anos, e José Mário Pain, 49 anos. Ambos receberam o diagnóstico de cardiomiopatia dilatada em fase terminal e, portanto, passaram por um procedimento cirúrgico de transplante de coração. As cirurgias ocorreram dentro de um período de 15 dias, em Santa Catarina.

A aflição tomou conta da família neste período de diagnóstico e espera pelos transplantes. Pois, quando Paulo Henrique estava em cirurgia na cidade de Blumenau, no Vale do Itajaí, o irmão José Mário foi internado às pressas em uma UTI em Florianópolis. Mas tudo ocorreu bem e o reencontro entre ambos foi emocionante.

Transplante de coração nos irmãos

Paulo Henrique Paim, de 54 anos, foi o primeiro a ser transplantado, no dia 17 de julho. Ele recebeu o diagnóstico de cardiomiopatia dilatada em fase terminal, uma doença de condição genética que acometeu também o irmão José Mário.

Conforme informações do Hospital Santa Isabel, o caso de Paulo já era delicado. No entanto, menos de uma semana depois de estar na lista de espera, surgiu um doador compatível. O Dr. Frederico J. Di Giovanni conduziu o procedimento cirúrgico, que mobilizou equipes médicas e multidisciplinares da instituição, referência nacional em transplantes.

Enquanto Paulo passava pelo transplante em Blumenau, José Mario foi internado às pressas em uma UTI em Florianópolis. Contudo, após uma piora do quadro de saúde, aconteceu a transferência com urgência para o Hospital Santa Isabel. No hospital, ele precisou de suporte com assistência mecânica para se manter vivo até que um coração compatível estivesse disponível. Assim, em caráter emergencial, os profissionais o incluíram na lista de espera de transplante no dia 30 de julho. Em menos de 48h ocorreu o transplante.

Paulo está com alta prevista para esta semana. Todavia, José Mario segue internado na UTI, evoluindo bem. Casos como esse, além de incomuns, reforçam a importância da doação de órgãos e a eficácia do sistema estadual de transplantes. “Realizo transplantes há 25 anos e essa foi a primeira vez que dois irmãos precisaram e receberam transplantes quase simultaneamente. É um evento bastante raro. O sucesso dessa maratona pela vida só foi possível graças à atuação de uma equipe altamente preparada e multidisciplinar”, destaca o Dr. Frederico J. Di Giovanni.

Transplantes no HSI

Desde 1980 o Hospital Santa Isabel já realizou mais de 4.900 transplantes, sendo 88 de coração, se tornando o maior transplantador do estado, com destaque também para doações de múltiplos órgãos. Enfim, tudo isso só é possível graças à generosidade de dezenas de famílias que autorizaram a doação de seus entes queridos.