Região Grande Florianópolis

Hospital Infantil de Florianópolis segue em obras na maior enfermaria da unidade

Secretário de saúde visitou os trabalhos na sexta-feira

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Hospital Infantil de Florianópolis segue em obras na maior enfermaria da unidade
Foto: Ana Melhado / divulgação

Em Florianópolis, o Hospital Infantil Joana de Gusmão segue em obras de adequações na rede de vácuo e gasesmedicinais. Nesta sexta-feira (14), o secretário de estado da Saúde, Diogo Demarchi, acompanhou o andamento dos trabalhos na unidade D, considerada a maior enfermaria do hospital, com 500 metros quadrados. Até agora foram instaladas novas tubulações de oxigênio, ar comprimido e vácuo clínico. O espaço também passará por reformas na rede elétrica, e vai receber nova pintura, móveis e decoração com temas infantis. Além disso, o número de leitos será ampliado de 20 para 26.

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Conforme a gerente de qualidade do hospital, Maristela Biazon, as obras de adequação na rede de gases medicinais buscam atender principalmente as enfermarias das Unidades B, C, D e E, além de diminuir a sobrecarga da rede na UTI e Centro Cirúrgico, permitindo a aplicação eficiente e com segurança, da oxigenoterapia nasal de alto fluxo. Além disso, a abertura de novas Unidades, têm possibilitado que as obras sejam executadas de forma rápida, sem prejudicar o atendimento às crianças.

“Essas enfermarias ganharão segurança para receber a terapia nasal de alto fluxo, que evita que as crianças sejam transferidas para a UTI.  Antes, elas necessitavam de cateteres de oxigênio e, posteriormente, ventilação não invasiva e intubação. Hoje, com os catéteres de alto fluxo, elas podem usar essa tecnologia na unidade de internação, fora do ambiente da UTI”, informa Maristela. A terapia é uma modalidade de suporte respiratório não invasivo, indicada para o tratamento de pacientes com bronquiolite viral aguda e outros casos de insuficiência respiratória leve a moderada.

No entanto, para garantir um tratamento eficaz, os equipamentos utilizados requerem tubulações com fluxo e pressão adequados. “A rede antiga era subdimensionada, o que fazia cair a pressão, não suprindo as demandas. Porque essas máquinas consomem uma mistura de oxigênio e ar comprimido de cerca de 60 litros por minuto”, explica o engenheiro mecânico da unidade, Marcos Boldt.

Foto: Ana Melhado / divulgação

Para adequar toda a rede, foram instalados mais de 580 metros de tubulações de cobre classe A, com 54 milímetros de diâmetro, na cobertura do hospital. Além disso, foi construída uma nova central de gases, com 48 metros quadrados, junto ao setor de manutenção. A nova estrutura permitirá canalizar a mistura de gases das novas instalações até as enfermarias. As tubulações também foram pintadas, de acordo com as normas técnicas, para facilitar a identificação. Atualmente, parte da nova rede de tubulações de alto fluxo foi conectada à central antiga, visto que a nova ainda não está em operação. As crianças da enfermaria E, inaugurada em maio, já estão usufruindo dos benefícios dessa nova infraestrutura.

As reformas das enfermarias foram viabilizadas com recursos do Governo do Estado e doações do setor privado, por meio de ações realizadas desde 2023. Em fevereiro, a Unidade A, antiga ala psiquiátrica, foi reinaugurada com 18 novos leitos de enfermaria. Assim, foi possível deslocar pacientes para aquele espaço, iniciando os trabalhos na Unidade E e, agora, na Unidade D. A unidade E foi completamente reformada e inaugurada no final de maio, com a abertura de quatro novos leitos. Na sequência, serão reformadas as enfermarias das unidades C e B.