Gaspar confirmou um caso de coqueluche no último mês e investiga outros dois casos suspeitos na cidade. Diante do aumento de incidências no Brasil, o Ministério da Saúde estendeu a vacinação contra a coqueluche, utilizando a vacina dTpa, para profissionais que trabalham em berçários e creches, responsáveis pelo cuidado de crianças menores de quatro anos.
Profissionais desses locais devem procurar as salas de vacina das Estratégias Saúde da Família (ESFs) para avaliação da carteira de vacinação e administração da dose dTpa, se necessário.
A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma infecção respiratória aguda causada pela bactéria Bordetella pertussis. A doença é especialmente grave para crianças pequenas e pode levar a complicações sérias, inclusive à morte, especialmente em bebês com menos de seis meses, que ainda não completaram o esquema vacinal básico.
Os sintomas da coqueluche se manifestam em três fases: fase catarral, fase paroxística e fase de convalescença, com duração total de seis a dez semanas. A alta transmissibilidade da doença, que se espalha por gotículas de saliva ao tossir, espirrar ou falar, permite que uma pessoa infectada possa contaminar entre 12 e 17 outras pessoas suscetíveis.
A vacinação é fundamental para prevenir a coqueluche. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) já prioriza a vacinação de gestantes e crianças menores de um ano devido ao alto risco de morbidade e mortalidade nesses grupos. A expansão da vacinação para trabalhadores de berçários e creches tem como objetivo reduzir ainda mais o potencial de transmissão da doença.