
Em Florianópolis, moradores do bairro Rio Vermelho, no Norte da Ilha, passam por muito sofrimento para conseguir atendimento médico no posto de saúde. Para conseguir agendar um médico, é preciso madrugar em frente ao prédio, ou mesmo passar a noite inteira ao relento. A 33ª Promotoria de Justiça da Capital instaurou notícia de fato em busca de explicações sobre agendamentos e relatos de falta de profissionais.
Um um abaixo-assinado denunciou a situação Os relatos apontam dificuldades no acesso a consultas com enfermeiros, dentistas e clínicos gerais – inclusive para pacientes com direito a atendimento prioritário. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) também recebeu informações preliminares sobre a possível falta de profissionais nas equipes de odontologia do centro de saúde do Rio Vermelho.
Para esclarecer a situação e o quadro relatado, a Promotora de Justiça Andréa da Silva Duarte, titular da 33ª Promotoria, solicitou à Secretaria Municipal de Saúde um detalhamento sobre os protocolos adotados para a marcação de consultas com enfermeiros, dentistas e clínicos gerais, incluindo o atendimento prioritário. A 33ª PJ também questiona no ofício por que não estariam sendo utilizadas ferramentas digitais, como o aplicativo “Alô, Doutor”, WhatsApp ou outros meios eletrônicos para facilitar o agendamento.
A 33ª PJ busca verificar, ainda, se há um modelo padronizado de agendamento entre os centros de saúde de Florianópolis ou se cada unidade tem autonomia para adotar seus próprios procedimentos. Além disso, foi solicitado que a Secretaria Municipal de Saúde apresente alternativas para evitar as filas durante a madrugada, bem como informações detalhadas sobre a situação da equipe de odontologia no centro de saúde do Rio Vermelho.
A Prefeitura se manifestou nesta semana informando que tenta contratar profissionais de forma emergencial para suprir as necessidades.