Confirmados 2 casos da variante XEC da Covid-19 em Santa Catarina

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES) confirmou a presença no estado da variante XEC da Covid-19. Os exames de sequenciamento genômico que permitiram identificar essa sublinhagem foram realizados, primeiramente, no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).

Em seguida, os testes foram validados pela equipe da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB), do Ministério da Saúde. A notificação ocorreu na última segunda-feira (14), mas somente agora foi divulgada oficialmente.

De onde são as pacientes com a variante XEC da Covid-19

As amostras foram coletadas de pacientes com sintomas de Covid-19 que adoeceram em setembro de 2024, na cidade de Jaraguá do Sul, na região Norte do estado. A nova sublinhagem foi identificada em duas mulheres, uma com 85 anos e outra com 34 anos.

Dessa forma, ambas foram internadas em um hospital da região, por apresentarem sintomas como febre, tosse, coriza e por terem comorbidades. A SES não revelou se as pacientes têm alguma ligação entre si, nem como elas teriam contraído o vírus.

Como surgiu essa subvariante

A subvariante XEC foi identificada inicialmente em maio de 2024, na Alemanha, sendo que é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma variante sob monitoramento. Este é um termo usado para sinalizar às autoridades de saúde pública que uma variante do SARS-CoV-2 pode exigir atenção e monitoramento priorizados.

O principal objetivo desta categoria é investigar se esta variante (e outras intimamente relacionadas a ela) podem representar uma ameaça adicional à saúde pública global em comparação a outras variantes circulantes.

Vacinação é a principal medida de prevenção

A melhor forma de prevenir casos graves, hospitalizações e mortes pela doença continua sendo a vacinação contra a Covid-19. Atualmente, a vacina utilizada contra a Covid-19 é da fabricante Moderna (SpikeVax), atualizada para a subvariante Ômicron XBB 1.5.

Desse modo, a imunização é recomendada na rotina das crianças de seis meses a quatro anos de idade, para a população dos grupos prioritários e pessoas acima de cinco anos que nunca tenham se vacinado.

Crianças de 6 meses a 4 anos de idade, devem receber as doses conforme previstas no Calendário Nacional de Vacinação Infantil; e pessoas dos grupos prioritários, devem receber doses semestrais ou uma dose anual.

Entretanto, com a inclusão deste novo imunizante na estratégia de vacinação contra a Covid-19, pode haver alterações no esquema vacinal.

Pessoas dos grupos prioritários, com 5 anos ou mais, a recomendação é receber uma dose anual (indígenas, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas vivendo em instituições de longa permanência, com deficiência permanente, comorbidades, em situação de rua, privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional) ou uma dose a cada seis meses (idosos, gestantes e puérperas), independentemente do número de doses prévias de vacinas Covid-19.

Outras formas de prevenção

São também importantes na prevenção da disseminação de vírus de transmissão respiratória, como o SARS-CoV-2, o uso de máscara por pessoas sintomáticas e profissionais de saúde que trabalham com pacientes com sintomas respiratórios, bem como a intensificação da etiqueta da tosse/higiene respiratória.

Confira abaixo as principais recomendações:

• Higienize as mãos com frequência com água e sabão ou álcool em gel;
• Utilize lenço descartável para higiene nasal;
• Evite tocar os olhos, o nariz e a boca;
• Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
• Mantenha os ambientes bem ventilados;
• Limpe e desinfete superfícies;
• Cubra com o antebraço a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
• Evite contato próximo com pessoas com sintomas respiratórios;
• Evite aglomerações e use máscara em caso de sintomas respiratórios;
• Evite contato próximo com outras pessoas caso esteja doente.