O professor e chefe do laboratório de pesquisa Muotri Lab, na Universidade da Califórnia, participará de uma missão com a Nasa. A viagem do brasileiro Alysson Muotri ao espaço será no início de 2026, e tem como finalidade analisar a progressão de doenças ou transtornos neurológicos, ou seja, isso inclui o Alzheimer e o autismo.
Está no objetivo também descobrir formas de tratamento ou até mesmo a cura. A pesquisa acontecerá com ‘minicérebros’, que envelhecem 10 anos em 30 dias no espaço. Logo, por este motivo, o estudo será no espaço, pois é mais rápido do que se fosse realizado na Terra.
Muotri e mais quatro cientistas formarão a primeira equipe de pesquisadores brasileiros. O grupo realizará a ida no foguete Falcon 9, da Space X, tendo como destino a Estação Espacial Internacional (ISS). Lá os cientistas pretendem analisar os impactos da microgravidade no cérebro humano.
Os minicérebros na pesquisa do brasileiro
Os minicérebros são pequenas estruturas com neurônios, feitas a partir de células-tronco de diferentes seres vivos. Elas “imitam” o cérebro humano. Entretanto, os organoides utilizados na pesquisa são de pacientes que tiveram doença de Alzheimer e que estão no Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A 1ª vez de um pesquisador em missão cientifica na ISS
Desde 2019, organoides já foram enviados para o espaço, mas nunca contaram com a presença de cientistas. Com isso, os cientistas descobriram que 30 dias em missão espacial equivalem a 10 anos na Terra, em relação ao envelhecimento dos “minicérebros”.
Enfim, com os organoides no espaço, seria como se os cientistas estivessem viajando no tempo, o que pode ajudar a encontrar uma resposta para a cura e o tratamento das doenças de forma mais rápida.