A Secretaria de Saúde de Blumenau, cidade situada no Vale do Itajaí, registrou nesta semana dois casos de sarna humana. A confirmação saiu na última terça-feira (25), porém a Vigilância Epidemiológica não revelou detalhes sobre a idade dos pacientes, nem a região da cidade onde moram.
Os casos de sarna humana se espalham pelo Estado de Santa Catarina. Os primeiros registros surgiram em Balneário Camboriú, no litoral Norte, onde duas creches chegaram a ser fechadas temporariamente para desinfecção, depois que crianças e funcionárias foram diagnosticadas com escabiose.
Em Tijucas, na região da Grande Florianópolis, foram registrados 18 casos de sarna humana no mês de junho, conforme informou o setor de Vigilância em Saúde. Destes, apenas um caso envolveu uma criança de 0 a 5 anos. Todos os casos foram identificados de forma isolada, sem nenhuma ligação entre si.
Sarna humana: o que é, causas e prevenção
A escabiose, ou sarna humana, como ficou conhecida a lesão de pele que leva à coceira intensa do local atingido, é provocada pelo ácaro parasita Sarcoptes Scabiei, variedade hominis. A doença é altamente contagiosa e transmitida por meio do contato direto prolongado com a pessoa infectada, roupas ou objetos contaminados.
Vale ressaltar que animais como gato e cachorro não transmitem a sarna humana.
A fecundação do ácaro que provoca a lesão ocorre na superfície da pele. Logo após o macho morrer, a fêmea penetra na pele humana, cavando um túnel, por um período aproximado de 30 dias. Depois, ela deposita seus ovos, e, quando estes eclodem, liberam larvas que retornam à superfície da pele para completar seu ciclo evolutivo, em um processo de maturação de 21 dias.
As manifestações clínicas da escabiose são decorrentes da ação direta do ácaro, quando este se movimenta nos túneis, causando enorme desconforto e coceira, principalmente à noite, nos dedos e palma das mãos, punhos, auréolas (mamilos), coxas e genitais, mas podendo ser generalizado.
O tratamento da escabiose é feito normalmente por meio de medicações tópica ou de acordo com indicação médica. Para o sucesso no tratamento, além do tratamento medicamentoso é necessário evitar a reinfestação do paciente através das seguinte medidas:
– todos que tiveram contato direto com a pessoa diagnosticada devem ser examinados e tratados se estiverem infectados, para interromper a cadeia de transmissão;
– as roupas utilizadas pelo paciente nos últimos três dias, além de roupas de cama/cobertores e toalhas devem ser lavados com água quente (55° a 60°) por pelo menos 20 minutos e passados a ferro. Roupas que não puderem ser lavadas ou, caso não haja disponibilidade da água quente, devem ficar fechadas em um saco plástico por três dias.
Prevenção
– troque e lave as roupas de cama e de banho sempre que possível;
– mantenha os cômodos da casa higienizados, inclusive aqueles desocupados;
– troque diariamente de roupas, pois mesmo fora do corpo o ácaro sobrevive.