Região Santa Catarina

Confira como está o monitoramento dos casos de Mpox em SC

OMS declarou Emergência de Saúde mundial por conta da doença

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Confira como está o monitoramento dos casos de Mpox em SC
Foto: Ricardo Trida / Secom

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Santa Catarina monitora e acompanha os casos de Mpox desde 2022 por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive). De acordo com a pasta, os casos estão estabilizados neste ano.

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Em virtude do aumento do número de registro da doença em países africanos, associado à circulação de uma nova variante do vírus (clado Ib), com casos de maior gravidade, e a possibilidade de propagação para outros países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a declarar Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).

Porém em Santa Catarina, os casos permanecem em estabilidade. Ao longo do ano de 2024, foram confirmados 10 casos no estado, em três municípios, sendo que o último foi notificado em 16 de maio.

Em 2022, SC computou 439 registros de Mpox em 33 municípios e um óbito na cidade de Balneário Camboriú. A vítima fatal era um rapaz de 23 anos, imunodeprimido (o paciente possuía o sistema imune fragilizado por conta de determinadas condições).

No ano seguinte, houve uma estabilidade no número de casos em todo o mundo e, no dia 10 de maio, a OMS declarou o fim da ESPII. Ao todo, SC registrou 50 casos em 18 municípios em 2023. Mesmo com o encerramento da emergência internacional, a vigilância da doença permaneceu e casos continuaram sendo notificados e monitorados.

João Augusto Brancher Fuck, diretor da Dive, destaca que o aumento de casos da doença na África está sendo relacionado à descoberta de uma nova variante do vírus da Mpox, ainda não detectada nas Américas. Portanto, neste momento, o estado permanece realizando o trabalho de vigilância e monitoramento de casos, o que já vem sendo executado desde 2022 pois existe o entendimento de que pode haver um aumento de registros também no Brasil e, consequentemente, em Santa Catarina.

“Temos uma vigilância estabelecida e um Plano de Contingência para a Mpox. Então, neste momento, vamos seguir o monitoramento, tendo em vista que em SC os casos permanecem estáveis, mas acendemos o alerta para possíveis casos importados e a introdução desta variante no estado. Cabe esclarecer que os casos identificados até o momento no estado são de outra variante do vírus, que não é a mesma que está circulando nos países africanos neste momento”, finalizou o diretor.

Ainda, considerando a orientação do Ministério da Saúde, as amostras com confirmação a confirmação da doença serão encaminhadas pelo Laboratório de Saúde Pública (Lacen/SC) para o laboratório de referência, onde ocorrerá o sequenciamento e identificação da introdução desta variante no território.

Mpox

A mpox é uma doença endêmica em países da África Central e Ocidental. A transmissão de humano para humano ocorre por meio de contato físico próximo ou direto com lesões infecciosas ou úlceras mucocutâneas, inclusive durante a atividade sexual, gotículas (e possivelmente aerossóis de curto alcance) ou contato com materiais contaminados.

O período de incubação é em média de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias. Os sintomas mais comuns incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, baixa energia e gânglios linfáticos inchados, seguidos ou acompanhados pelo desenvolvimento de erupção cutânea.

As pessoas devem permanecer atentas aos sintomas da doença, e na presença destes, devem buscar um serviço de saúde para atendimento e orientações.

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