Vereadora é agredida por colega dentro da Câmara em SC

A disputa política entre forças opostas mais uma vez virou caso de Políia em Santa Catarina. Desta vez, as vias de fato teve como vítima uma mulher. A vereadora e presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Anitápolis, na Grande Florianópolis, Marcelli Mates (Podemos), de 37 anos, denunciou seu colega de parlamento, o também vereador Salésio Effting (MDB), de 67 anos por agressão.

O caso aconteceu durante a sessão ordinária de quinta-feira (31). Marceli conta que levou socos , além de agressões verbais. De acordo com o boletim de ocorrência que ela registrou na Delegacia de Polícia Civil da cidade, o episódio ocorreu após Salésio receber a informação de que havia uma denúncia contra ele com registro na Câmara.

Salésio chegou no local com um documento em mãos e exigiu o protocolo imediato. Ao receber a informação de que o material não estava de acordo com os trâmites regimentais, o vereador teria se exaltado, proferido ameaças e desferido um tapa no braço da presidente.

Vereadora fez registro na delegacia

“Fiquei com medo. Os olhos dele ferviam, e até questionei: é isso mesmo? Vais me agredir?”, relatou Marcelli.

A agressão foi testemunhada por uma assessora parlamentar e provocou indignação entre servidores e representantes da Prefeitura presentes no local. Imagens anexadas ao boletim de ocorrência mostram a marca da agressão no braço da vereadora. A Polícia Civil classificou o caso como lesão corporal dolosa leve e ameaça.

Além da denúncia policial, Marcelli protocolou na própria Câmara um pedido de cassação do mandato de Salésio Effting. No documento, ela aponta supostas irregularidades cometidas por ele durante os mandatos como presidente do Legislativo, entre 2021 e 2024. Entre os itens citados estão abuso no uso de diárias, contratos com escritórios de advocacia, superfaturamento em compras, uso da estrutura legislativa para fins eleitorais e indícios de apropriação indevida de recursos públicos.

Marcelli também solicitou a abertura de uma Comissão Processante com base no Decreto-Lei nº 201/1967 e na Lei Orgânica do Município para apuração das denúncias.

Salézio se manifestou sobre o ocorrido através da suia conta no Facebook. Ele conta que foi à sede da âmara acompanhado de um assessor para protocolar dopcumentos do seu interesse, quando foi informado por mensagem de whatsapp que a presidente da Casa, bereadora Marcelli, o aguardava em sua sala. No local, ainda de acordo com ele, Marcelli pegou no seu braço e o conduziu até outra sala, onde ela teria colocado a mão no bolso de Salézio. “Sem permissão, tentou pegar meu celular particular. Como não conseguiu,, acabou causando hematomas na minha perna”, disse ele.