O vereador em Florianópolis Gabriel Meurer, o Gabrielzinho, que morreu em julho deste ano, teve um de seus últimos projetos aprovado nesta segunda-feira (18), na Câmara de Vereadores. Trata-se do Projeto 19048/2024, que institui o Programa Municipal de Equoterapia na Capital. Ou seja, a utilização de cavalos como ferramenta interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação.
O programa que o projeto propõe é específico para crianças e adultos com deficiência física ou mental, distúrbios comportamentais (como agressividade e hiperatividade) e vítimas de acidentes. Gabriel assinou a justificativa que salienta que a ideia tem como objetivo promover o desenvolvimento terapêutico e educacional desses indivíduos.
O Projeto busca, ainda, proporcionar um tratamento inclusivo, com foco na melhoria da qualidade de vida e da autonomia das pessoas com deficiência ou distúrbios comportamentais, reforçando a importância da equoterapia e assegurando a participação plena dessas pessoas em atividades culturais, esportivas e recreativas.
Legado de Gabrielzinho
O vice-presidente da Câmara, vereador Claudinei Marques, destacou a importância da aprovação, tendo em vista que firma o legado de Gabrielzinho. “O Gabriel foi um grande vereador, que contribuiu muito com esta Casa e com a cidade de Florianópolis. Esse é um legado que ele deixa, mostra a luta que ele tinha pelas Pessoas com Deficiência, e ele sempre fez questão de participar da Comissão da Pessoa com Deficiência. Não podíamos deixar de pautar esse Projeto ainda esse ano, para que tivesse aprovação e sanção. Esse é mais um ato deste grande guerreiro, pode ter certeza que a história do Gabriel fse escreveu e continuará dessa forma, porque muitos Projetos dele ainda vão entrar em pauta”, salientou Claudinei.
O que é Equoterapia
A equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo para promover o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência, que contribui para a melhoria da coordenação motora, equilíbrio, fortalecimento muscular, memória, percepção sensorial e autonomia. Além disso, favorece a socialização, o estabelecimento de vínculos afetivos e o aumento da autoconfiança.
Sendo assim, a coordenação do Programa ficará a cargo de um órgão designado pela Prefeitura. A Lei prevê, também, a possibilidade de parceria com instituições públicas ou privadas para viabilizar a implementação do programa. As despesas serão cobertas por dotação orçamentária específica, e a Prefeitura deverá regulamentar a Lei conforme necessário.