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Trump considera regras eleitorais do Brasil mais seguras do que nos EUA

Presidente dos EUA citou o Brasil em um decreto que altera as normas do pleito no país

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Trump considera regras eleitorais do Brasil mais seguras do que nos EUA
Foto: Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto (veja na íntegra) nesta terça-feira (25), que elogia o sistema eleitoral brasileiro e altera regras eleitorais do país norte-americano. Trata-se de uma tentativa de exigir que os eleitores comprovem ser cidadãos estadunidenses.

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As medidas apresentadas no documento visam fortalecer a verificação da cidadania de quem vota. Assim, busca proibir “estrangeiros de interferir nas eleições dos EUA”. Além disso, o decreto considera o país atrasado “​​em relação a outras nações na aplicação de proteções eleitorais básicas e necessárias”.

Veja o que o documento estabelece

Conforme o decreto de Trump:

  • “a Comissão de Assistência Eleitoral exigirá prova documental, emitida pelo governo, de cidadania dos EUA em seus formulários de registro de eleitores;
  • “agências como o Departamento de Segurança Interna, a Administração da Segurança Social e o Departamento de Estado devem fornecer aos Estados acesso a bancos de dados federais para verificar a elegibilidade e cidadania de indivíduos que se registram para votar;
  • “o attorney general [chefe do Departamento de Justiça] priorizará o processo de votação de não cidadãos e crimes relacionados, inclusive por meio do uso de registros do Departamento de Segurança Interna e coordenação com procuradores-gerais estaduais.”

Trump considera que houve fraude nas eleições de 2020

Em 2020, quando Donald Trump perdeu as eleições para Joe Biden, o atual presidente dos Estados Unidos afirmou que houve fraude no pleito. Ele alega que imigrantes ilegais teriam votado, o que não é permitido.

Decreto elogia regras de segurança nas eleições brasileiras

Publicado na Casa Branca, o decreto afirma que as regras de segurança nas eleições do Brasil são mais rígidas do que as dos EUA. Cita, por exemplo, a exigência de identificação biométrica para votar. Pelo mesmo motivo, o documento também menciona a Índia.

“O Brasil e a Índia vinculam a identificação do eleitor a um banco de dados biométrico, enquanto os Estados Unidos dependem amplamente da autodeclaração de cidadania”, pontua o decreto. Veja:

Em alguns estados do país norte-americano, é permitido votar apenas declarando ser cidadão. No entanto, no Brasil, as autoridades eleitorais exigem o título de eleitor regularizado, além do cadastramento da biometria.

Por fim, o documento também critica a votação pelos correios, que também acontece nos Estados Unidos. Neste caso, o decreto cita como exemplo os países Dinamarca e Suécia, que só permitem este tipo de votação em casos específicos e também não aceitam cédulas recebidas após o dia do pleito.

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