
Nessa terça-feira (1º) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu o pedido, do procurador-geral da República Paulo Gonet, para que seja decretada a prisão preventiva de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio e sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Léo Índio é réu por participação nos atos golpistas que vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. Entretanto, o sobrinho de Bolsonaro deixou o Brasil há 23 dias rumo à Argentina.
No pedido feito ao STF, Gonet lembra que após Léo Índio se tornar réu, foi solicitado o cancelamento de todos os passaportes do bolsonarista. O sobrinho do ex-presidente disse que solicitou asilo na Argentina por “perseguição política”.
“Ao se evadir para a Argentina, Leonardo Rodrigues de Jesus deliberadamente descumpriu medida cautelar alternativa à prisão, a evidenciar sua insuficiência, o descaso com a aplicação da lei penal e desrespeito às decisões emanadas pelo Supremo Tribunal Federal”, disse Paulo Gonet.
Na última sexta-feira (28) os advogados de Léo Índio apresentaram um documento emitido pelo governo argentino, concedendo-lhe estadia provisória no país até 4 de junho. O documento foi apresentado após o ministro Alexandre de Moraes conceder 48 horas para que a defesa de Léo Índio esclarecesse as informações sobre a suposta evasão do Brasil.
De acordo com a defesa de Léo, o documento é assinado por um delegado de migração e garante moradia provisória para Léo Índio, permitindo-lhe exercer atividades remuneradas, além de trabalhar, estudar e acessar os serviços públicos do país.